Estudo Bíblico Problemas com a Bíblia NVI


         Em 2002 recebi de presente - de um dos diretores de certa editora nacional - um exemplar de linda Bíblia, luxuosamente encadernada. Comecei a ler a mesma e logo parei porque me senti mal, ao constatar as corrupções que nela encontrei. Guardei-a na estante e mais tarde voltei a lê-la, comparando-a com a Bíblia FIEL da Trinitariana, a edição mais confiável em nossa língua. Ao mesmo tempo ia comparando-a, também, com a VA de 1611, da Bíblia King James, a versão mundial mais confiável.
         É verdade que a Bíblia NVI é escrita numa linguagem linda e poética. Contudo, por trás de toda a sua beleza, ela coloca em dúvida os seguintes itens de suma importância para a nossa caminhada na fé cristã:

1. A divindade do Senhor Jesus Cristo.
2. Sua morte vicária na cruz
3. A expiação somente através do seu sangue.
4. A Trindade
5. A inspiração da Bíblia
6. A doutrina da Salvação
7. A validade do jejum

         Procurei um site confiável, no qual pudesse me ancorar, a fim de fazer um estudo mais detalhado sobre o assunto, e foi no site do Hélio Meneses que encontrei o material necessário para escrever este trabalho, da autoria dos eruditos nacionais – Hélio Meneses, Júlio Carrancho e outros. Também consultei o livro “The NIV: An In-Depth Documentation of Apostasy” do Dr. Peter Ruckman, B.A, BD., M.A, Th.M., Ph.D., um especialista no assunto.

Vamos percorrer o NT, através da NVI, comparando-a com a Bíblia FIEL.

        Mateus 1:25 - Substituição da expressão “Seu filho, o Primogênito” por “um filho”.
        9:13 - Subtração de duas palavras “ao arrependimento”.
        12:40 - Substituição da palavra “baleia” por “grande peixe”.
        16:2-3 - A NVI coloca em dúvida a veracidade dos versículos com esta explicação, que será repetida dezenas de vezes: “Alguns manuscritos antigos não trazem estes versículos” (*). Acontece que esses “manuscritos antigos” são os textos católicos Sinaiticus (Aleph) e Vaticanus (B), o primeiro encontrado no lixo do Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, por um incrédulo “catador de lixo” chamado Tischendorf.
        17:21 - Substituição da expressão “casta de demônios” por uma simples palavra, “espécie”.
        18:11 - Observação conforme o (*) acima.
        21:44 - Mesma observação do (*).
        23:14 - Mesma observação do (*).
        27:34 – Substituição da palavra “vinagre” por “vinho”, dando a impressão de que Jesus precisou de um analgésico, a fim de suportar as dores na cruz.

        Marcos 1:2 – A Isaías é dado total crédito sobre algo que ele jamais disse. Porque foi Malaquias (3:1) quem falou a primeira parte do verso, em o nome de Jeová, tendo Isaías dito a segunda parte. Isso aconteceu em razão da apostasia Alexandrina, no ano 200 d.C. Em vez de Isaías deveria ser dito “nos profetas”.
        2:17 – Subtração da expressão “ao arrependimento”.
        7:16 - Mesma observação do (*).
        16:9-20 – Mesma observação do (*). Isso, obviamente, para colocar em dúvida a Ressurreição e Ascensão do Senhor Jesus Cristo.

        Lucas 4:4 - Subtração da expressão: “... mas de toda a palavra de Deus”. 23:34 - Mesma observação do (*). 23:42 - Substituição da palavra “Senhor” por “Jesus”, bem ao gosto das TJs e dos espíritas, que não crêem na divindade de Cristo.

        João 3:13 - Subtração da expressão “que está no céu”, depois de “o Filho do homem”.
        3:15 - Subtração da expressão “não pereça, mas”, antes de “tenha a vida eterna”.
        5:4 – Substituição da palavra “Porquanto” pela expressão “De vez em quando”.
        6:47 – Subtração da expressão “crê em mim”, obviamente para deixar somente “Crê”, pois os espíritas, novaerenses, TJs e Mórmons também “crêem”, só que não na divindade de Cristo.

        Atos 8:37 – Mesma observação do (*). Pior é a BLH, cuja edição, com o imprimatur da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de 04/01/1975, OMITE esse versículo, a fim de negar a divindade do Senhor Jesus Cristo. 10:30 – Subtração da expressão “em jejum”, antes de “orando”.

        Romanos 8:1 – Subtração da expressão “Que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Isso facilita a prática do pecado.
        9:5-6 - Substituição da expressão “segundo a carne” por “linhagem humana” e acréscimo (v. 6) da palavra “pensemos”. Deus proíbe acréscimos à sua Palavra e os editores da NVI são especialistas em cometer esse PECADO.
        14:10 - Substituição da palavra “Cristo” por “Deus”, negando, assim, que todos nós comparecemos diante do Tribunal de Cristo, conforme a 2 Coríntios 5:10.

        1 Coríntios 3:15 – Acréscimo da palavra “esse”, deturpando completamente a significação do verso e dando margem à crença na existência do purgatório. 5:7 - Subtração da expressão “por nós”, em seguida a “foi sacrificado”, a fim de negar o sacrifício vicário de Cristo em nosso favor. 6:20 – Subtração da expressão final “... e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”.

        Colossenses 1:14 – Subtração da expressão “pelo seu sangue”, depois da palavra “redenção”. Mais uma tentativa diabólica de negação do valor salvífico do sangue do Senhor Jesus Cristo.

        2 Tessalonicenses 2:8 – Substituição da palavra “iníquo” por “perverso”, que é mais leve. Perversos e pervertedores são os traficantes de drogas e aqueles que “pervertem” a Palavra de Deus, enquanto que “iníquo”, isto é, capaz das piores atrocidades espirituais, será o Anticristo.

        1 Timóteo 3:16 – Substituição da expressão “na carne”, pela expressão “em corpo”, bem ao gosto dos espíritas e novaerenses.

        1 Pedro 2:2 – Substituição da expressão “vades crescendo” (obviamente na salvação) por “cresçam para a salvação”, dando margem às boas obras do Catolicismo Romano, necessárias à salvação.
        4:1 – Substituição da expressão “na carne” pela palavra “corporalmente”, bem ao gosto dos espíritas e novaerenses.
 
        1 João 4:3 – Subtração da expressão ”que Jesus Cristo veio em carne” pela simples palavra “Jesus”, diluindo a divindade do Senhor.
        5:7-8 - Aqui a NVI dá uma boa “colher de chá” para todos os hereges, que se auto-intitulam “evangélicos”, negando a Trindade. Em vez de dizer no verso 7, como a BKJ “and these three are one” e no verso 8 “these three agreed in one”, a NVI subtraiu a parte final do verso 7 e no verso 8 usou a expressão “os três são unânimes”, em vez de “estes três concordam num”, como também lemos na FIEL. Ela ainda põe em dúvida a veracidade desses dois versos, com a clássica afirmação de que parte do mesmo não consta nos manuscritos, antes do século 12, etc. O crente novo, com o aval dos pastores ambiciosos, vai se alimentando de “leite poluído” e, em vez de crescer, acaba adoecendo gravemente e, muitas vezes, até morrendo de desnutrição espiritual.
        5:16-17 – A linguagem está rebuscada demais, a fim de confundir os leigos. Esse método é sempre usado pelo Cardeal Ratzinger, líder atual da Inquisição Católica, a fim de que o leigo fique boiando no assunto e só entenda o que convenha aos editores...
 
        Apocalipse 1:11 – Aqui a NVI saiu completamente do sério, ao omitir as palavras de Jesus: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro”, a fim de negar a divindade do nosso Senhor Jesus Cristo, agradando, assim, a gregos e troianos, e podendo faturar milhões às custas dos pastores (muitos deles, semi-analfabetos bíblicos) e dos leigos incautos, que preferem um bom filme na TV a uma santa excursão pela Bíblia FIEL da Trinitariana.
        8:13 – Aqui a NVI seguiu o mesmo caminho das outras versões novas e foi até o zoológico, a fim de lá conseguir uma “águia”, a qual saiu voando neste versículo, substituindo a “anjo” da BKJ e da FIEL.
        11:17 – Omissão da expressão “e que hás de vir”, depois de “e que eras”, negando a volta de Jesus. Troca do verbo “reinaste” pela expressão “começaste a reinar”, cujo significado é bem diferente.
         Estes são apenas ALGUNS dos milhares de erros doutrinários observados na Bíblia NVI, cuja linguagem é linda demais... Contudo, leiam a 2 Coríntios 11:14 e fiquem atentos!!!
        Atenção: Segundo o erudito Pr. Emídio Viana existem muito mais deturpações. Ele diz o seguinte:
 

“Lembremos que o T.C., base preponderante da NVI, tem mais de 6.000 palavras omitidas, 2.000 adicionadas e 2.000 adulteradas, totalizando mais de 10.000 (7% !) perversões das cercas de 140.000 santas palavras do Novo Testamento em grego!”


         O que você faria se soubesse que na sua Bíblia estão faltando alguns versículos ou parte deles? Esta pergunta deveria incomodar todos os cristãos bíblicos, ou seja, aqueles que têm as Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática. Para os que amam a Palavra de Deus e sabem da sua importância na evangelização, doutrinação e vida diária, cada palavra proferida e preservada pelo Senhor é extremamente importante. Infelizmente, a maioria dos evangélicos não faz a menor idéia a respeito das traduções da Bíblia de um modo geral, muito menos para a língua portuguesa. No caso do Novo Testamento, ouve-se muito falar dos púlpitos no "no texto grego original", numa referência à língua grega daquele tempo em que foi escrito, com o intuito de se esclarecer determinada passagem ou palavra bíblica. Mas também é preciso saber que não existem mais os documentos originais, também conhecidos como autógrafos, aqueles diretamente escritos pelos autores ou amanuenses. O que existe de mais antigo são apenas cópias. Assim, podemos concluir que Deus não dá a menor importância aos autógrafos, já que eles desapareceram. Os métodos divinos para a conservação da Bíblia incluem o poder do Senhor, em primeiro lugar e que excede todo o entendimento, e os santos em Cristo Jesus.
         Caso você faça uma comparação entre as diversas versões da Bíblia em Português disponíveis no mercado, notará a falta de alguns trechos ou versículos inteiros, bem como passagens entre colchetes. Em alguns casos haverá observações do tipo: "os manuscritos mais antigos não trazem o referido versículo", "o referido verso não consta dos manuscritos mais aceitos", etc. Diante desse fato surge a pergunta: será que alguém, logo no início da igreja primitiva ou mesmo depois, acrescentou palavras ou as retirou (acidentalmente ou não) do texto sagrado?
         Da mesma forma que Deus inspirou os escritores da Bíblia de modo sobrenatural, Ele também providenciou para que, através dos séculos, Sua Palavra fosse reunida e preservada para a evangelização das almas perdidas, bem como para a instrução e edificação do Seu povo. Edward F. Hills, doutor em crítica textual do Novo Testamento, em seu livro The King James Defended, 1996, página 193, diz o seguinte:
 

"quando nós acreditamos em Cristo, a lógica da fé nos leva em primeiro lugar à crença na infalível inspiração das Escrituras originais, em segundo lugar à crença na providencial preservação do texto original pelos séculos e terceiro à crença de que o texto bíblico entre os crentes atualmente é a preservação do texto original."

        Este último ponto é fundamental, já que trata da Bíblia que está hoje à disposição dos cristãos, na qual devemos confiar. Acreditamos, por razões históricas e evidências textuais, que o Senhor tenha preservado a Sua Palavra no Texto Massorético (Antigo Testamento) e no Textus Receptus (Novo Testamento), usados pela Reforma Protestante. Em contraste a esse posicionamento, está a atual utilização do Texto Crítico (introduzido entre 1881-1885, por Brook Westcott e Anthony Hort) para decidir se uma passagem deve ou não constar nas novas versões. Nos pontos em que existe polêmica quanto à autenticidade do versículo, faz-se a opção pelo texto que a Igreja (os salvos por Jesus Cristo) desconheceu por dezenove séculos.
         Em recente entrevista concedida à revista Defesa da Fé, uma publicação do Instituto Cristão de Pesquisas (ICP), o Dr. Thomas L. Gilmer, presidente da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB), alertou para os seguintes fatos:
 

“É interessante reparar que o texto da Bíblia publicado pela seita Testemunhas de Jeová baseia-se no texto grego de Westcott e Hort. A base desse texto encontra-se principalmente em dois manuscritos que, apenas nos quatro evangelhos, diferem em mais de dois mil lugares”.

        Esses dois manuscritos a que se refere o Dr. Gilmer chamam-se “Aleph” (Sinaiticus) e “B” (Vaticanus), este último de propriedade da Igreja Católica Romana. Seria esta Igreja a guardiã da pura Palavra de Deus? Quanto à promoção das bíblias que sofrem a influência do Vaticanus, o Dr. Gilmer prossegue dizendo:
 

“Também é curioso notar que todos o líderes religiosos liberais e ecumênicos promovem traduções da Bíblia baseadas no trabalho de Westcott e Hort, exemplo das edições em grego, chamadas Texto Crítico (TC) sejam denominadas Westcott e Hort, Nestlé, Aland-Nestlé, ou USB (United Bible Societies)”.

 
         Vejamos agora um caso bastante disputado, o qual encontra-se em I João 5:7-8. Na Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original (conhecida como ACF ou Fiel), da SBTB, encontramos o seguinte:
 
"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num." I João 5:7-8
        Este trecho deve mesmo estar na Palavra de Deus, sem que se coloque dúvida alguma a seu respeito. Ele representa um forte argumento a favor da doutrina da trindade, tão enfaticamente combatida pelas Testemunhas de Jeová. Sobre o assunto, o Dr. Peter S. Ruckman, uma das mais reconhecidas autoridades na defesa da Bíblia King James (traduzida em 1611, totalmente baseada no Textus Receptus) escreve em seu livro The “Erros” in the King James Bible, 1999, página 337:
 

“o texto é encontrado em dois manuscritos gregos […] Codex Ravianus e No. 61. Ele também é encontrado nas notas de rodapé nos manuscritos gregos 88 e 629. Também é citado por Cipriano mais de sessenta anos antes do Vaticanus e Sinaiticus o cortarem da Bíblia. Também é citado várias vezes por cristãos africanos, entre 430 e 534. Cassiodorus cita-o (480-570); também é encontrado na Antiga versão Latina (manuscrito R), escrita há mais de cem anos antes do Vaticanus e Sainaiticus o cortarem da Bíblia.”

         Edward F. Hills argumenta ainda que as palavras ausentes em algumas bíblias foram cortadas por razões doutrinárias contrárias à trindade.
         Outro versículo que é deixado de lado em algumas versões, ou colocado entre colchetes, com notas que lançam mais dúvida do que esclarecimento, é Atos 8:37, que diz:
 
“E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.”  Atos 8:37
        A justificativa de Edward para a presença do versículo é a seguinte:
 

“Como J. A. Alexander (1857) sugeriu, este verso, embora genuíno, foi omitido por alguns escribas, ‘como sendo uma prática mal vista, o batismo de adultos, o qual se tornou comum, se não prevalecente, antes do fim do terceiro século.’ Assim, o verso está ausente da maioria dos manuscritos gregos. Porém está presente em alguns deles, incluindo E (sexto ou sétimo século). Ele é citado por Irineu (c. 180) e Cipriano (c. 250) e é encontrado na Antiga versão Latina e na Vulgata. Em suas notas, Erasmus disse que pegou este versículo da margem do 4ap e o incorporou ao Textus Receptus”.


         É importante atentar para o fato de que a grande maioria das omissões nas bíblias atuais está relacionada às doutrinas básicas do cristianismo. A divindade de Jesus Cristo fica diminuída, o seu sangue é omitido, isso sem falar nalgumas mudanças de significado que aparecem. A tradução de João Ferreira de Almeida foi baseada no texto da Reforma Protestante e a versão que está mais em harmonia com ela, também 100% fundamentada no Textus Receptus e no Texto Massorético é publicada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. Lembre-se do que foi dito por Jesus Cristo:
 
“ … Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4).
        Cada palavra de Deus, em Sua Palavra, é imprescindível para a vida do cristão.

Autores: Mario Sergio de Almeida e Mary Schultze