Estudo Bíblico Mudança da Lei e a Lei da Graça
“Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da Lei”(Hb.7:12).
“Porque a Lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da Lei do pecado e da morte”. Romanos 8.2
“O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da Letra(lei), mas do espírito; porque a letra(lei) mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será maior glória o ministério do espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para a glória, muito mais é em glória o que permanece”.
“Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados (sabbaton, referindo-se ao sétimo dia), que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl.2:16-17).
QUAL É A REALIDADE DO SÁBADO?
Se o Sábado é uma sombra há uma realidade. Não quero fazer apologia do Domingo, que é certamente e literalmente tido como o dia do Senhor (Ap.1:10), mas precisamos entender a revelação. O texto de Colossenses nos afirma que as sombras do vrs.16 é Cristo e sendo assim concluímos que Cristo é a realidade do Sábado. Isso é tão verdade que o autor aos Hebreus o confirma:“Porque nós, os que temos crido (em Cristo), entramos no repouso (Sábado ou descanso)... Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia”(Hb.4:1-4).
“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo” (Cl.2:16-17).
Para fugir à evidência de Cl.2:16-17, onde Paulo se refere ao Sábado semanal como integrante das coisas passageiras da Lei que terminaram com a morte de Cristo na cruz, os adventistas costumam argumentar que a palavra “Sábado” não se refere ao sábado semanal, mas aos anuais ou cerimoniais de Lv.23. O que não é verdade, pois os sábados anuais ou cerimoniais já estão incluídos na expressão “dias de festa”. Esta indicação mostra positivamente que a palavra SABBATON, como é usada em Cl.2:16, não pode se referir aos sábados festivos, anuais ou cerimoniais. Sendo assim é difícil para os Adventistas sustentar a sua doutrina sabática, desde que temos visto que o Sábado pode legitimamente ser tido como “sombra” ou símbolo preparatório de bênçãos espirituais e não dogmas legalistas (vrs.17).
A LEI DO VELHO PACTO ESTÁ VIVA E NÓS MORTOS
Vejamos isso:“Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo tempo que vive... Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus (Rm. 7:1,4)
“Ora, se já morremos com Cristo, cremos que com ele também viveremos (Rm.6:8).
Explica o seguinte o Dr. G. Archer – enciclopédia Ed. Vida, pág. 125:
“...a verdadeira questão é se a ordem sobre o sétimo dia, o Sábado do Senhor, foi transferida (Hb.7:12), no NT, para o primeiro dia da semana, o Domingo, que a igreja em geral honra como o dia do Senhor. De fato, ele é também conhecido como Sábado cristão. O âmago ou cerne da pregação apostólica ao mundo gentio e judaico, a partir do pentecostes era a ressurreição de Jesus (At.2:32). O ressurgimento de Cristo era a comprovação de Deus, perante o mundo, de que o salvador da humanidade havia pago o preço válido e suficiente pelos pecadores e havia superado a maldição da morte. O sacrifício expiatório eficaz de Jesus e sua vitória sobre a maldição da morte introduziu uma nova época ou dispensação da Igreja (Ef.1:10). Assim como a ceia do Senhor(I Cor.11:23-34) substituiu a Páscoa (Mt.26:17-30; Lc.22:7-23), na antiga aliança – “Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento (novo concerto, pacto, aliança)”. A morte de Cristo substituiu o sacrifício de animais no altar(Jo.19:30, Veja Levítico), o sacerdócio(arônico) (Êx.28), foi substituído pelo sacerdócio supremo de Jesus “segundo a ordem de Melquisedeque”(Hb.7) e fez com que cada crente se torna-se um sacerdote (Ap.1:5), também o quarto mandamento, dentre os dez, que pelo menos em parte tinha natureza cerimonial(Cl.2:16-17), deveria ser substituído por outro símbolo, mais apropriado à nova dispensação - O DOMINGO “Dia do Senhor”.
Os Dez Mandamentos e a Lei de Cristo
O “grande” argumento adventista é que; “os dez mandamentos não foram abolidos, por terem sido escritos nas tábuas, e por isso devemos guardar o sábado que é o quarto mandamento”. A questão é tão complexa que não daria para explanarmos tudo neste breve compêndio, mas precisamos salientar dois pontos cruciais para que o leitor pense e tire suas conclusões:“Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco... De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gl. 4:10-11; 5:4 – ARA).