Vencendo o Gigante da Murmuração
Números 14
Tem gente que vê dificuldade em tudo, e é negativo em todas as circunstâncias, e dizendo: — "Eu sou realista!"
O que você acha desta atitude?
No capítulo 10 da primeira Carta aos Coríntios, Paulo relembra alguns pecados cometidos por Israel, no deserto, e as tristes conseqüências da infidelidade. No versículo 10 ele faz a seguinte advertência: "Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador". Este versículo é uma referência ao episódio narrado no texto básico deste estudo – Números 14 – quando os filhos de Israel foram duramente castigados pelo Senhor, por causa da murmuração.
"Murmurar", conforme o dicionário, é soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar faltas, formar mau juízo de alguém ou de alguma coisa. Foi exatamente isto que aconteceu com o povo de Israel, após o relatório trazido pelos homens que foram espiar a terra (Nm 13.25-33). O Senhor indignou-se ante a atitude do povo: "Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim "(v. 26).
O objetivo deste estudo é alertar quanto ao pecado da murmuração e incentivar os crentes a uma vida de inteira confiança em Deus, de gratidão, e de apoio aos líderes.
O objetivo deste estudo é alertar quanto ao pecado da murmuração e incentivar os crentes a uma vida de inteira confiança em Deus, de gratidão, e de apoio aos líderes.
Breve Análise do Texto
Diante dos desafios da caminhada, Israel se pôs a murmurar (v.1). As soluções que começaram a se desenhar, como fruto da murmuração, apontavam para um fim desastroso: a rejeição à autoridade de Moisés e Arão e sua substituição; o retorno ao opressor; o apedrejamento de Josué e Calebe por não compartilharem do pessimismo do povo (vv.2-10).
Mas Deus intervém, manifestando-se em glória sobre o tabernáculo (v.10). A condenação divina aos murmuradores é severa (vv.11,12,23,29,33,34).
O nosso Deus é misericordioso e providente. Ele conduz o seu povo e supre as suas necessidades. Por isso, reprova a murmuração. A murmuração é sinal de incredulidade, de ingratidão e de um agir irrefletido.
Conforme o texto, Moisés, tendo consciência da grande ofensa praticada pelo povo, mais uma vez intercede (vv.13-23). Deus se dispõe a perdoar o povo, mas não o livra das conseqüências do seu pecado. Observa Gordon J. Wenhan que, "como é típico da ironia desta história, o seu castigo é feito de forma comparativa com o seu crime. Eles queriam morrer no deserto e voltar para o Egito; de maneira um tanto diferente do que eles desejavam, Deus acede aos seus pedidos. O programa há muito esperado de entrar em Canaã será adiado para permitir que a geração rebelde morra onde deseja. (…) Eles disseram: Oxalá tivéssemos morrido neste deserto! (2). Quatro vezes eles são avisados: Neste deserto cairão os vossos cadáveres (29, 32, 33, 35). Os seus filhos, que eles disseram que iriam perecer em Canaã, mais tarde chegarão ali e tomarão posse da terra (3, 31, 33). Como imediata confirmação desses avisos, todos os espias infiéis morrem em uma praga enviada dos céus. Só Josué e Calebe, cuja entrada em Canaã é garantida, sobrevivem a ela (30, 36-38)".
A atitude dos murmuradores, narrada nos versículos 39 a 45, mostra que, embora entristecidos, não reconheciam a autoridade de Moisés, o seu legítimo representante. Também não estavam levando Deus a sério. Na verdade, os murmuradores não gostam de se submeter, agem por conta própria.
Mas Deus intervém, manifestando-se em glória sobre o tabernáculo (v.10). A condenação divina aos murmuradores é severa (vv.11,12,23,29,33,34).
O nosso Deus é misericordioso e providente. Ele conduz o seu povo e supre as suas necessidades. Por isso, reprova a murmuração. A murmuração é sinal de incredulidade, de ingratidão e de um agir irrefletido.
Conforme o texto, Moisés, tendo consciência da grande ofensa praticada pelo povo, mais uma vez intercede (vv.13-23). Deus se dispõe a perdoar o povo, mas não o livra das conseqüências do seu pecado. Observa Gordon J. Wenhan que, "como é típico da ironia desta história, o seu castigo é feito de forma comparativa com o seu crime. Eles queriam morrer no deserto e voltar para o Egito; de maneira um tanto diferente do que eles desejavam, Deus acede aos seus pedidos. O programa há muito esperado de entrar em Canaã será adiado para permitir que a geração rebelde morra onde deseja. (…) Eles disseram: Oxalá tivéssemos morrido neste deserto! (2). Quatro vezes eles são avisados: Neste deserto cairão os vossos cadáveres (29, 32, 33, 35). Os seus filhos, que eles disseram que iriam perecer em Canaã, mais tarde chegarão ali e tomarão posse da terra (3, 31, 33). Como imediata confirmação desses avisos, todos os espias infiéis morrem em uma praga enviada dos céus. Só Josué e Calebe, cuja entrada em Canaã é garantida, sobrevivem a ela (30, 36-38)".
A atitude dos murmuradores, narrada nos versículos 39 a 45, mostra que, embora entristecidos, não reconheciam a autoridade de Moisés, o seu legítimo representante. Também não estavam levando Deus a sério. Na verdade, os murmuradores não gostam de se submeter, agem por conta própria.
Tópicos para Reflexão
1. A AÇÃO DOS MURMURADORES CONSISTE EM PUXAR PARA TRÁS
O tema da murmuração, focalizado em Números 14, não é novo na caminhada de Israel. A murmuração está vinculada à incredulidade do povo e, em diversas circunstâncias, verifica-se tal atitude. Na ocasião narrada no texto eles estavam acampados em Cades Barnéia. Anteriormente, o povo já havia murmurado, conforme relatam as passagens de Êxodo 14.11,12; 15.24; 16.2,3,12; 17.3 e Números 11.1. Tudo isso se deu logo após a saída do Egito. Por causa da murmuração, Deus fez com que eles permanecessem no deserto cerca de 38 anos (Dt 2.14,15).
Embora a providência divina fosse inconfundível durante aquela jornada, o povo estava constantemente duvidando. A liderança e a autoridade de Moisés eram questionadas (v. 4). Em diversas ocasiões Deus já havia se manifestado a Moisés, o qual desempenhava a importante função de mediador. Apesar disso, eles se opunham a Moisés, contendiam, lastimavam-se. Os desejos, em vez de estarem projetados para a terra da promessa, estavam fixados no Egito. Tinham grande desejo das comidas dos egípcios (Ex 16.3; Nm 11.4-6). Em vez de olhar para frente, olhavam para trás. 0 comodismo do passado sobrepunha-se aos riscos e possibilidades do futuro. Eles diziam: "Não nos seria melhor voltar para o Egito?" (v. 3).
A murmuração é tipicamente pessimista. Os murmuradores estão sempre a reclamar e a dar contra. Os versículos 39 a 45 comprovam isto. Quando era para subir à terra prometida, eles se recusaram. Quando era para retroceder e aguardar, eles teimaram em prosseguir. Eles estão sempre em descompasso. Parece que é pelo simples prazer de ser contra. O próprio Senhor Jesus conviveu com esta situação.
A murmuração é tipicamente pessimista. Os murmuradores estão sempre a reclamar e a dar contra. Os versículos 39 a 45 comprovam isto. Quando era para subir à terra prometida, eles se recusaram. Quando era para retroceder e aguardar, eles teimaram em prosseguir. Eles estão sempre em descompasso. Parece que é pelo simples prazer de ser contra. O próprio Senhor Jesus conviveu com esta situação.
A murmuração é fruto da incredulidade, pois os murmuradores, como já foi exposto, não crêem, não confiam. Na igreja, infelizmente, é possível encontrar pessoas assim. Vivem a criticar, acham que todos estão errados, tudo é difícil, nenhuma idéia ou projeto vai funcionar. Em vez de colaborar, torcem para que as coisas dêem erradas. Tal atitude, além de antiética, depõe contra a causa cristã e trás prejuízos a toda a comunidade.
2. A MURMURAÇÃO TEM UM EFEITO CONTAGIOSO NA COMUNIDADE
O texto diz que "todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão" (v.2). A murmuração é um mal que rapidamente envolve a todos. De uma hora para outra, a liderança bem sucedida de Moisés e Arão se vê ameaçada: "E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito" (v.4).
A ação destrutiva dos murmuradores continua fazendo estragos entre o povo de Deus e arruinando a vida de líderes. Muitas vezes, pessoas crentes e ingênuas, acabam sendo usadas e manipuladas em conflitos de interesses. Líderes íntegros e comprometidos com Deus são desonrados e injustiçados, como aconteceu com Moisés. Comunidades inteiras são afetadas, experimentando inimizades, divisões e enfraquecimento.
A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. A propósito, vale a pena considerar as advertências contidas no capítulo 3 da Carta de Tiago, quanto aos pecados da língua e o dever de refreá-la.
A ação destrutiva dos murmuradores continua fazendo estragos entre o povo de Deus e arruinando a vida de líderes. Muitas vezes, pessoas crentes e ingênuas, acabam sendo usadas e manipuladas em conflitos de interesses. Líderes íntegros e comprometidos com Deus são desonrados e injustiçados, como aconteceu com Moisés. Comunidades inteiras são afetadas, experimentando inimizades, divisões e enfraquecimento.
A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. A propósito, vale a pena considerar as advertências contidas no capítulo 3 da Carta de Tiago, quanto aos pecados da língua e o dever de refreá-la.
3. É PRECISO RESISTIR À TENTAÇÃO DA MURMURAÇÃO
A murmuração é uma tentação sempre presente diante de nós. Pode até tornar-se um hábito. Conter a língua, ou falar o que é certo, de maneira correta, na hora apropriada e com quem deve ouvir, é uma arte que nem todos dominam. A fórmula indicada por Tiago é muito útil para nos disciplinar neste sentido: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19).
Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com a murmuração. Esta inclui más intenções; é insensível e traiçoeira; é negativa e destrutiva. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança (Fp 2.25,29; I Ts 5.12,13; Hb 13.17).
A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Conforme já foi mencionado na introdução, o texto de I Coríntios 10 – que recorda experiências de Israel no deserto -contém advertências quanto a uma série de erros que devemos evitar, dentre eles, a murmuração (I Co 10.10).
A murmuração afasta a bênção e atrai o juízo de Deus. Mas, quando a murmuração cede lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, "ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (S1133).
Devemos tomar cuidado para não incorrermos no pecado da murmuração. Ela pode ser extremamente prejudicial, tanto para nós, quanto para a igreja. É por isso que a Palavra de Deus recomenda: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo…" (Fp 2.14-16).
Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com a murmuração. Esta inclui más intenções; é insensível e traiçoeira; é negativa e destrutiva. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança (Fp 2.25,29; I Ts 5.12,13; Hb 13.17).
A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Conforme já foi mencionado na introdução, o texto de I Coríntios 10 – que recorda experiências de Israel no deserto -contém advertências quanto a uma série de erros que devemos evitar, dentre eles, a murmuração (I Co 10.10).
A murmuração afasta a bênção e atrai o juízo de Deus. Mas, quando a murmuração cede lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, "ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (S1133).
Devemos tomar cuidado para não incorrermos no pecado da murmuração. Ela pode ser extremamente prejudicial, tanto para nós, quanto para a igreja. É por isso que a Palavra de Deus recomenda: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo…" (Fp 2.14-16).
Reflexão Pessoal
1. Quando alguma coisa na igreja não está do seu agrado, você costuma procurar o pastor e a liderança para conversar, ou prefere ficar comentando por fora? O que é mais correto?
2. Você tem facilidade de ser influenciado por aqueles que só puxam para trás? Como se deve agir nestas situações?
2. Você tem facilidade de ser influenciado por aqueles que só puxam para trás? Como se deve agir nestas situações?
Autor: Josias Moura