Estudo Bíblico O Salmo de Deus Pai e de Deus Filho
(Salmo 2)
O segundo Salmo é messiânico, como é atestado por diversas passagens do Novo Testamento. Quando os governantes proibiram a pregação de Cristo, os irmãos de Jerusalém citaram o Salmo 2: "Por que se enfurecem os gentios . . ." (Atos 4:25). Esta passagem também aponta Davi como o autor do Salmo. Paulo liga Cristo com este salmo em Atos 13:33; e o escritor de Hebreus cita-o com referência à superioridade de Cristo aos anjos (Hebreus 1:5), e em mostrar que Cristo era um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:5-6).
Enquanto o Salmo 1 contrasta os indivíduos justos com os perversos, o Salmo 2 opõe as nações ímpias contra o reino de Deus, tanto físico como espiritual. O Salmo é facilmente subdividido na base de vários oradores. Primeiro, o poeta pergunta por que as nações se enfurecem contra Jeová (2:12); segundo, ele cita o desejo delas de escaparem das restrições, tanto de Jeová como de seu Ungido (2:3); então, terceiro, retrata Deus ridicularizando tais loucas tramas (2:4-5); e dizendo, quarto: "Eu, porém, constituí o meu rei sobre o meu santo monte Sião" (6). No sentido físico e imediato, isto poderia se referir a Davi reinando sobre Israel; mas, como uma profecia messiânica, certamente se refere a Cristo (o "Ungido") reinando sobre seu reino espiritual.
Então, quinto, o próprio Filho fala do decreto: "Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei" acrescentando mais promessas de que o Filho reinará sobre as nações, com poder para destruir seus inimigos. O Salmo conclui, sexto, com o poeta exortando os reis e juízes da terra: "Servi ao Senhor com temor" , e "Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no caminho" (veja Salmo 110).
O Salmo 2 apresenta o Ungido como o Filho de Jeová; e tem Deus dizendo: "Hoje, te gerei". Entretanto, João identifica Jesus como "o Verbo", que estava "no princípio . . . e era Deus" (1 João 1:1; João 1:1); Jesus falou ao Pai da "glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5); e Paulo diz que Cristo, antes de sua encarnação, "não julgou como usurpação o ser igual a Deus" (Filipenses 2:6). Como pode um filho gerado coexistir eternamente com o Pai? Para resposta, precisamos estudar o uso inspirado desta terminologia.
O Israel físico era chamado "filho" de Deus e "primogênito" (Êxodo 4:22), como o era Efraim (Jeremias 31:9). Neste caso, os termos implicavam "o favorecido" ou "o exaltado," sem referência à genética. Os leitores da Bíblia sabem que a "semente" de Davi seria chamada filho de Deus, e que reinaria para sempre (2 Samuel 7:11) encontrou seu cumprimento no reino espiritual de Jesus Cristo (Atos 2:29-30). Ele era, na verdade, "segundo a carne . . . da descendência de Davi" mas "designado Filho de Deus com poder . . . pela ressurreição dos mortos" (Romanos 1:3-4).
Há uma relação entre a maneira da concepção de Maria (Espírito Santo, e poder do Altíssimo) e o nascimento de Jesus: "o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus" (Lucas 1:32-35). Mas isto foi o princípio de sua encarnação (sendo vestido com carne), certamente não o seu princípio como divindade. Já vimos que ele tinha glória com Deus antes da criação, e veio à terra como "Emanuel . . . Deus conosco" (Mateus 1:23). Quando Paulo cita o Salmo 2 ("eu, hoje, te gerei") e relaciona "hoje" com a ressurreição (Atos 13:33), podemos concluir que ele se refere a "glorificação", "exaltação" e "posição favorecida" que acompanharam o cumprimento por Cristo de seu propósito no plano da redenção. Cristo perdoou pecados enquanto estava na terra (Marcos 2:5-12), e de muitos outros modos provou ser "Deus conosco". Em seguida à sua ressurreição, a prova máxima, ele se tornou Rei, Sumo Sacerdote, e nosso Advogado junto ao Pai, e retornou ao seu lugar à direita de Deus no céu (João 17:5).
O Deus único da Bíblia é trino por natureza, cada um tendo papéis distintos e traços pessoais, entretanto sendo uno em propósito. Davi era guiado por Deus, o Espírito Santo (Atos 5:34; Marcos 12:36) para escrever o Salmo 2 (Atos 4:25) a respeito de Deus Pai e de Deus Filho. É tolice pensar que o homem pode sondar e "explicar" a divindade. Precisamos esforçar-nos para entender a terminologia das Escrituras, aceitar o que ali está revelado, e preparar-nos para o dia quando Deus receber os fiéis e manifestar todas as coisas adicionais que ele deseja que conheçamos.
O segundo Salmo é messiânico, como é atestado por diversas passagens do Novo Testamento. Quando os governantes proibiram a pregação de Cristo, os irmãos de Jerusalém citaram o Salmo 2: "Por que se enfurecem os gentios . . ." (Atos 4:25). Esta passagem também aponta Davi como o autor do Salmo. Paulo liga Cristo com este salmo em Atos 13:33; e o escritor de Hebreus cita-o com referência à superioridade de Cristo aos anjos (Hebreus 1:5), e em mostrar que Cristo era um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 5:5-6).
Enquanto o Salmo 1 contrasta os indivíduos justos com os perversos, o Salmo 2 opõe as nações ímpias contra o reino de Deus, tanto físico como espiritual. O Salmo é facilmente subdividido na base de vários oradores. Primeiro, o poeta pergunta por que as nações se enfurecem contra Jeová (2:12); segundo, ele cita o desejo delas de escaparem das restrições, tanto de Jeová como de seu Ungido (2:3); então, terceiro, retrata Deus ridicularizando tais loucas tramas (2:4-5); e dizendo, quarto: "Eu, porém, constituí o meu rei sobre o meu santo monte Sião" (6). No sentido físico e imediato, isto poderia se referir a Davi reinando sobre Israel; mas, como uma profecia messiânica, certamente se refere a Cristo (o "Ungido") reinando sobre seu reino espiritual.
Então, quinto, o próprio Filho fala do decreto: "Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei" acrescentando mais promessas de que o Filho reinará sobre as nações, com poder para destruir seus inimigos. O Salmo conclui, sexto, com o poeta exortando os reis e juízes da terra: "Servi ao Senhor com temor" , e "Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no caminho" (veja Salmo 110).
O Salmo 2 apresenta o Ungido como o Filho de Jeová; e tem Deus dizendo: "Hoje, te gerei". Entretanto, João identifica Jesus como "o Verbo", que estava "no princípio . . . e era Deus" (1 João 1:1; João 1:1); Jesus falou ao Pai da "glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5); e Paulo diz que Cristo, antes de sua encarnação, "não julgou como usurpação o ser igual a Deus" (Filipenses 2:6). Como pode um filho gerado coexistir eternamente com o Pai? Para resposta, precisamos estudar o uso inspirado desta terminologia.
O Israel físico era chamado "filho" de Deus e "primogênito" (Êxodo 4:22), como o era Efraim (Jeremias 31:9). Neste caso, os termos implicavam "o favorecido" ou "o exaltado," sem referência à genética. Os leitores da Bíblia sabem que a "semente" de Davi seria chamada filho de Deus, e que reinaria para sempre (2 Samuel 7:11) encontrou seu cumprimento no reino espiritual de Jesus Cristo (Atos 2:29-30). Ele era, na verdade, "segundo a carne . . . da descendência de Davi" mas "designado Filho de Deus com poder . . . pela ressurreição dos mortos" (Romanos 1:3-4).
Há uma relação entre a maneira da concepção de Maria (Espírito Santo, e poder do Altíssimo) e o nascimento de Jesus: "o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus" (Lucas 1:32-35). Mas isto foi o princípio de sua encarnação (sendo vestido com carne), certamente não o seu princípio como divindade. Já vimos que ele tinha glória com Deus antes da criação, e veio à terra como "Emanuel . . . Deus conosco" (Mateus 1:23). Quando Paulo cita o Salmo 2 ("eu, hoje, te gerei") e relaciona "hoje" com a ressurreição (Atos 13:33), podemos concluir que ele se refere a "glorificação", "exaltação" e "posição favorecida" que acompanharam o cumprimento por Cristo de seu propósito no plano da redenção. Cristo perdoou pecados enquanto estava na terra (Marcos 2:5-12), e de muitos outros modos provou ser "Deus conosco". Em seguida à sua ressurreição, a prova máxima, ele se tornou Rei, Sumo Sacerdote, e nosso Advogado junto ao Pai, e retornou ao seu lugar à direita de Deus no céu (João 17:5).
O Deus único da Bíblia é trino por natureza, cada um tendo papéis distintos e traços pessoais, entretanto sendo uno em propósito. Davi era guiado por Deus, o Espírito Santo (Atos 5:34; Marcos 12:36) para escrever o Salmo 2 (Atos 4:25) a respeito de Deus Pai e de Deus Filho. É tolice pensar que o homem pode sondar e "explicar" a divindade. Precisamos esforçar-nos para entender a terminologia das Escrituras, aceitar o que ali está revelado, e preparar-nos para o dia quando Deus receber os fiéis e manifestar todas as coisas adicionais que ele deseja que conheçamos.
| Autor: Robert F. Turner | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |