O Óleo da Unção
Tirando o Poder do Sacrifício de Jesus Cristo
parte 02
Unção e Espírito Santo
Ora, no Novo Testamento a palavra “unção” aparece apenas duas vezes: I João 2:20 e I João 2:27, sendo que em ambos os casos ela vem diretamente de Deus!
Já como verbo, devemos descartar a ação de Maria ao ungir os pés de Jesus Cristo, também chamada em Marcos 14:8 de “unção para sepultura”, cuja finalidade é meramente cosmética e aromática.
Da mesma forma se enquadra a recomendação de Mateus 6:17-18, cuja unção recomendada é pura e simplesmente estética. Mateus 6 versa bastante sobre a discrição de um verdadeiro servo ao fazer a obra: assim como devemos dar com a mão direita de forma que a esquerda não saiba (Mateus 6:3), no jejum não devemos aparentar o possível e real cansaço relativo à atividade, mas ungir a cabeça para que não pareça aos homens que se está jejuando (Mateus 6:17-18)! Ambas as recomendações visam extinguir a imagem “heróica” que muitos fazem questão absoluta de ostentar desde aquela época, esperando arrancar observações alheias como “viram o quanto ele doou?”, ou ainda “Ele é um santo! Vive de jejum!”... Deus, que vê em secreto, sabe ao que estou me referindo!
Já em Lucas 4:18, Atos 4:26-27, Atos 10:38, II Coríntios 1:21-22 e Hebreus 1:9, podemos ver que a unção novamente veio diretamente de Deus! Nenhum homem unge nada nessas passagens e muito menos é feita referência a algum tipo de óleo real... ou será que eles fabricavam “óleo de alegria” naquela época e a receita se perdeu com o tempo?
Ora, fica claro que a unção a qual os versos acima estão se referindo é a ação do Espírito Santo! Ação esta que, tal qual no Antigo Testamento, causa resultados diversos (conforme podemos verificar em I Coríntios 12:4-12).
Então vão nos restar apenas duas passagens: Marcos 6:12-13 e Tiago 5:14-15. Vejam bem que em todo o Novo Testamento há apenas duas referências sobre unção com óleo... não seria esta quantidade ínfima para se estabelecer uma doutrina? Transcrevamos os textos para podermos analisá-los:
A estes dois textos eu gostaria de acrescentar mais quatro outros:
Ao contrário do batismo e da ceia, o óleo NÃO FOI DEIXADO COMO ORDENANÇA! Logo, não se deve tratá-lo como tal!
No livro de Marcos temos uma seqüência de ações independentes entre si: pregar, expulsar demônios, ungir enfermos com óleo e curar! Isso nos leva em uma primeira análise a descartar a expulsão de demônios com o auxílio do óleo... senão eles teriam necessariamente de pregar com óleo, o que não faria o menor sentido! Logo:
Não se Expulsa Demônio Com Auxílio de Óleo em Lugar Nenhum da Bíblia!
Continuando, nos resta o trecho final, onde “ungiam os enfermos” e “os curavam”.
Olhemos agora então para o texto do livro de Tiago, onde se afirma claramente que a oração de fé salvará o doente.
Isso me leva a refletir sobre as aplicações do óleo naquela época: já vimos que tal líquido era amplamente utilizado naquela época com vários objetivos. As passagens sobre a irmã de Lázaro ungindo os pés do Senhor e a unção pós-jejum nos mostram seu uso estético... e, para o que mais se usaria o óleo?
Hoje em dia temos as farmácias de manipulação, capazes de criar os medicamentos conforme minuciosas especificações médicas... e pude aprender uma importante lição ao observar seus produtos... não sei se vou me expressar nos termos corretos, mas todo o produto químico ativo (remédio) precisa de um “meio” para poder ser aplicado. O mundo moderno nos oferece diversas substâncias neutras passíveis de transportar o medicamento: creme, gel, água, gelatina... os princípios ativos são infundidos nesses materiais e vêm a se tornar os xampus, pomadas, etc.
Ora, sabemos claramente que naquela época a tecnologia não era algo tão admirável assim, certo? Ou será que vemos ainda hoje em dia alguém passando óleo na cabeça para ir a um culto ou a uma festa? É claro que não! As pessoas usam produtos perfumados e sem gordura...
Da mesma forma, podemos perceber que a maioria dos medicamentos se aperfeiçoou. Não se faz mais pasta de figos como se fazia em Isaías 38:21... muito menos se toma vinho para problemas estomacais, conforme recomendou Paulo em I Timóteo 5:23! Quem seria louco de passar óleo e vinho em uma ferida, conforme descrito em Isaías 1:6 ou Lucas 10:34? E olha que Lucas era médico...
Com o passar dos anos, o homem aprendeu a extrair as substâncias químicas mais importantes de cada produto para então fazer medicamentos mais eficazes e direcionados ao mal que se está combatendo.
Voltemos agora à partícula restante de Marcos 16:13 e vejamos os termos separadamente, primeiramente a partícula “os curavam”: será que Deus alguma vez já dependeu de algum método específico para curar alguém? Será que o criador dos céus e da terra precisa que sinalizemos com óleo para só então ele agir?
Acho que não... e cito os outros exemplos acima para provar que a graça soberana de Deus age dos meios mais insuspeitos e improváveis! Vejam só: cuspe com terra curando cegueira! Sombra e panos curando e expulsando demônios! Só mesmo a maravilhosa graça de Deus para realizar tais impossíveis!
Notem que os objetos citados por mim nunca foram, digamos assim, “preparados” espiritualmente: não imagino Pedro esticando as mãos para sua sombra e orando para que ela curasse àqueles por sobre quem passasse... muito menos Paulo benzia seus objetos de uso pessoal! Jesus então? Agiu num ato contínuo: abaixou, fez a laminha, passou no olho do cego e pronto... afinal Ele é Deus e faz o que quiser, na hora que quiser e do modo que quiser!!!
Então nos voltamos para os “cultuadores do óleo”, que o vêem como objeto sagrado e capaz de, por si só, operar milagres e expulsar demônios... quantas pessoas já não foram “ungidas” e nunca obtiveram resultado algum? E depois ou a culpa da falha recai sobre a “falta de fé” da pessoa ou então, pior ainda, a pessoa se sente enganada e perde a fé em Deus, por culpa desses supersticiosos cultuadores de amuletos...
Eu creio que as curas, tanto a citada em Marcos 6:13 quanto a de Tiago 5:14, são completamente independentes da unção com óleo... elas são fruto direto da ação divina! O óleo seria meramente a parte medicamentosa a ser cumprida. Mesmo hoje em dia vemos pessoas ingerindo os medicamentos atestadamente corretos para suas doenças e ainda assim não sendo curadas! Eu já vi isso acontecendo... e creio que muitos leitores também!
Logo, podemos concluir disso tudo:
" Muitas vezes o remédio correto não cura. Muitas vezes a oração não cura!"
... e isso ocorre conforme ocorreu com Paulo em II Coríntios 12:7-10. Ninguém sabe as intenções e motivos de Deus e nenhum homem é apto para julgá-lo! Nem sempre as coisas que nos parecem ruins estão fora da vontade de Deus. Vejamos os exemplos de Jó e aprendamos com Romanos 8:28. Não estou dizendo que é fácil... mas é o que nos diz a verdadeira e única palavra de Deus.
Finalmente podemos afirmar que:
Deus não costuma ficar se repetindo: não fez a vara de Moisés virar cobra duas vezes, não abriu o Mar Vermelho duas vezes, não derrubou as muralhas de Jericó duas vezes... Ele pode fazer tudo isso de novo a hora que quiser, mas não faz para que o homem não creia que há um método específico além da fé e do conhecimento da palavra... principalmente quando o assunto é a multiforme graça de Deus. Cabe a nós estarmos sensíveis ao mover do Espírito Santo.
Meu último apelo é para que fiquem atentos as profecias sobre os últimos tempos, descritas em Mateus 24:23-24, II Tessalonicenses 2:9-10, II Coríntios 11:14-15 e Apocalipse 13:3-4, 12-14... elas mostram claramente que não são bem os servos do Senhor que vão ficar fazendo sinais e prodígios no final dos tempos. Cuidado com os grandes milagres modernos!!!
... ou você acha que ainda não estamos vivendo os últimos dias?
Autor: Walter Andrade Campelo
Já como verbo, devemos descartar a ação de Maria ao ungir os pés de Jesus Cristo, também chamada em Marcos 14:8 de “unção para sepultura”, cuja finalidade é meramente cosmética e aromática.
Da mesma forma se enquadra a recomendação de Mateus 6:17-18, cuja unção recomendada é pura e simplesmente estética. Mateus 6 versa bastante sobre a discrição de um verdadeiro servo ao fazer a obra: assim como devemos dar com a mão direita de forma que a esquerda não saiba (Mateus 6:3), no jejum não devemos aparentar o possível e real cansaço relativo à atividade, mas ungir a cabeça para que não pareça aos homens que se está jejuando (Mateus 6:17-18)! Ambas as recomendações visam extinguir a imagem “heróica” que muitos fazem questão absoluta de ostentar desde aquela época, esperando arrancar observações alheias como “viram o quanto ele doou?”, ou ainda “Ele é um santo! Vive de jejum!”... Deus, que vê em secreto, sabe ao que estou me referindo!
Já em Lucas 4:18, Atos 4:26-27, Atos 10:38, II Coríntios 1:21-22 e Hebreus 1:9, podemos ver que a unção novamente veio diretamente de Deus! Nenhum homem unge nada nessas passagens e muito menos é feita referência a algum tipo de óleo real... ou será que eles fabricavam “óleo de alegria” naquela época e a receita se perdeu com o tempo?
Ora, fica claro que a unção a qual os versos acima estão se referindo é a ação do Espírito Santo! Ação esta que, tal qual no Antigo Testamento, causa resultados diversos (conforme podemos verificar em I Coríntios 12:4-12).
Então vão nos restar apenas duas passagens: Marcos 6:12-13 e Tiago 5:14-15. Vejam bem que em todo o Novo Testamento há apenas duas referências sobre unção com óleo... não seria esta quantidade ínfima para se estabelecer uma doutrina? Transcrevamos os textos para podermos analisá-los:
“E, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Marcos 6:12-13)
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração de fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5:14-15)
A estes dois textos eu gostaria de acrescentar mais quatro outros:
“Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.” (João 9:6-7)
“E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos unanimemente no alpendre de Salomão. Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados.” (Atos 5:12-16)
“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam.” (Atos 19:11-12)
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (I Pedro 4:10)
Ao contrário do batismo e da ceia, o óleo NÃO FOI DEIXADO COMO ORDENANÇA! Logo, não se deve tratá-lo como tal!
No livro de Marcos temos uma seqüência de ações independentes entre si: pregar, expulsar demônios, ungir enfermos com óleo e curar! Isso nos leva em uma primeira análise a descartar a expulsão de demônios com o auxílio do óleo... senão eles teriam necessariamente de pregar com óleo, o que não faria o menor sentido! Logo:
Não se Expulsa Demônio Com Auxílio de Óleo em Lugar Nenhum da Bíblia!
Continuando, nos resta o trecho final, onde “ungiam os enfermos” e “os curavam”.
Olhemos agora então para o texto do livro de Tiago, onde se afirma claramente que a oração de fé salvará o doente.
Isso me leva a refletir sobre as aplicações do óleo naquela época: já vimos que tal líquido era amplamente utilizado naquela época com vários objetivos. As passagens sobre a irmã de Lázaro ungindo os pés do Senhor e a unção pós-jejum nos mostram seu uso estético... e, para o que mais se usaria o óleo?
Hoje em dia temos as farmácias de manipulação, capazes de criar os medicamentos conforme minuciosas especificações médicas... e pude aprender uma importante lição ao observar seus produtos... não sei se vou me expressar nos termos corretos, mas todo o produto químico ativo (remédio) precisa de um “meio” para poder ser aplicado. O mundo moderno nos oferece diversas substâncias neutras passíveis de transportar o medicamento: creme, gel, água, gelatina... os princípios ativos são infundidos nesses materiais e vêm a se tornar os xampus, pomadas, etc.
Ora, sabemos claramente que naquela época a tecnologia não era algo tão admirável assim, certo? Ou será que vemos ainda hoje em dia alguém passando óleo na cabeça para ir a um culto ou a uma festa? É claro que não! As pessoas usam produtos perfumados e sem gordura...
Da mesma forma, podemos perceber que a maioria dos medicamentos se aperfeiçoou. Não se faz mais pasta de figos como se fazia em Isaías 38:21... muito menos se toma vinho para problemas estomacais, conforme recomendou Paulo em I Timóteo 5:23! Quem seria louco de passar óleo e vinho em uma ferida, conforme descrito em Isaías 1:6 ou Lucas 10:34? E olha que Lucas era médico...
Com o passar dos anos, o homem aprendeu a extrair as substâncias químicas mais importantes de cada produto para então fazer medicamentos mais eficazes e direcionados ao mal que se está combatendo.
Voltemos agora à partícula restante de Marcos 16:13 e vejamos os termos separadamente, primeiramente a partícula “os curavam”: será que Deus alguma vez já dependeu de algum método específico para curar alguém? Será que o criador dos céus e da terra precisa que sinalizemos com óleo para só então ele agir?
Acho que não... e cito os outros exemplos acima para provar que a graça soberana de Deus age dos meios mais insuspeitos e improváveis! Vejam só: cuspe com terra curando cegueira! Sombra e panos curando e expulsando demônios! Só mesmo a maravilhosa graça de Deus para realizar tais impossíveis!
Notem que os objetos citados por mim nunca foram, digamos assim, “preparados” espiritualmente: não imagino Pedro esticando as mãos para sua sombra e orando para que ela curasse àqueles por sobre quem passasse... muito menos Paulo benzia seus objetos de uso pessoal! Jesus então? Agiu num ato contínuo: abaixou, fez a laminha, passou no olho do cego e pronto... afinal Ele é Deus e faz o que quiser, na hora que quiser e do modo que quiser!!!
Então nos voltamos para os “cultuadores do óleo”, que o vêem como objeto sagrado e capaz de, por si só, operar milagres e expulsar demônios... quantas pessoas já não foram “ungidas” e nunca obtiveram resultado algum? E depois ou a culpa da falha recai sobre a “falta de fé” da pessoa ou então, pior ainda, a pessoa se sente enganada e perde a fé em Deus, por culpa desses supersticiosos cultuadores de amuletos...
Eu creio que as curas, tanto a citada em Marcos 6:13 quanto a de Tiago 5:14, são completamente independentes da unção com óleo... elas são fruto direto da ação divina! O óleo seria meramente a parte medicamentosa a ser cumprida. Mesmo hoje em dia vemos pessoas ingerindo os medicamentos atestadamente corretos para suas doenças e ainda assim não sendo curadas! Eu já vi isso acontecendo... e creio que muitos leitores também!
Logo, podemos concluir disso tudo:
" Muitas vezes o remédio correto não cura. Muitas vezes a oração não cura!"
... e isso ocorre conforme ocorreu com Paulo em II Coríntios 12:7-10. Ninguém sabe as intenções e motivos de Deus e nenhum homem é apto para julgá-lo! Nem sempre as coisas que nos parecem ruins estão fora da vontade de Deus. Vejamos os exemplos de Jó e aprendamos com Romanos 8:28. Não estou dizendo que é fácil... mas é o que nos diz a verdadeira e única palavra de Deus.
Finalmente podemos afirmar que:
"O óleo pode ser usado para curar tanto quanto cuspe, lodo, um pano ou uma sombra!... Ou Nada Disso!
Deus usa o que quiser na hora que quiser:
A Graça não pode e nem deve ser colocada sob uma 'Fórmula Mágica'"
Deus não costuma ficar se repetindo: não fez a vara de Moisés virar cobra duas vezes, não abriu o Mar Vermelho duas vezes, não derrubou as muralhas de Jericó duas vezes... Ele pode fazer tudo isso de novo a hora que quiser, mas não faz para que o homem não creia que há um método específico além da fé e do conhecimento da palavra... principalmente quando o assunto é a multiforme graça de Deus. Cabe a nós estarmos sensíveis ao mover do Espírito Santo.
Meu último apelo é para que fiquem atentos as profecias sobre os últimos tempos, descritas em Mateus 24:23-24, II Tessalonicenses 2:9-10, II Coríntios 11:14-15 e Apocalipse 13:3-4, 12-14... elas mostram claramente que não são bem os servos do Senhor que vão ficar fazendo sinais e prodígios no final dos tempos. Cuidado com os grandes milagres modernos!!!
... ou você acha que ainda não estamos vivendo os últimos dias?
Autor: Walter Andrade Campelo