O Candelabro
Êxodo 25.31-40
Referências Gerais: Êx 37.17; Lv 24.4; 1 Rs 7.48,49; 2 Rs 4.10; 2 Cr 4.19,20; Zc 4.2,11; Mt 5.15; Mc 4.21; Lc 8.16; 11.33,36; 12.35; 15.8; Hb 9.2; Ap 1.12,20; 18.23.
O candelabro, cujo nome de origem é menorah, é também chamado nas Escrituras Sagradas de “castiçal”, “candeeiro”, “candeia”, ou simplesmente “lâmpada”. Constitui-se num dos objetos mais importantes e significativos da cultura e da religião judaica.
O candelabro era todo esculpido em ouro puro (“... uma peça só...”). Pesava um talento, o que, acredita-se, correspondesse entre 30 e 35 kg. Alguns estudiosos pretendem que suas medidas fossem 1,65 m de altura por 1m de comprimento, de uma extremidade a outra.
O candelabro consistia numa coluna central, da qual saíam seis háteas, três dum lado e três do outro, sendo que a peça inteira era sustentada por um pedestal. Ao todo, o candelabro tinha sete lâmpadas, que eram acesas através de um pavio, embebido de azeite. O candelabro tinha função vital dentro do tabernáculo; ficava do lado esquerdo de quem entreva no Santo Lugar, o segundo compartimento (dentro da tenda), e era a única iluminação que se tinha dentro daquele recinto sagrado.
De modo geral, representa Cristo como a luz do mundo, a única iluminação que este mundo tem (aí se envolve tudo que diz respeito a Ele: Sua Palavra, Seu poder, Sua Igreja, etc.). Jo 8.12; 1.9; 3.19,20; 9.5; 12.46.
A igreja também é chamada de luz do mundo: Mt 5.14-16; Ef 5.8; 1 Ts 5.5; 1 Jo 1.7. As lâmpadas serviam “para alumiar defronte dele” (Êx 25.37), ou seja, do próprio candelabro. Da mesma forma, a Igreja foi chamada para brilhar diante do Senhor. As lâmpadas do candelabro tinham que brilhar continuamente ( Lv 24.2).
O pedestal ensina-nos que devemos andar nos passos de Jesus (1 Jo 2.6).
2) Os sete candelabros de Apocalipse 1.12,20 representavam as sete igrejas da Ásia, na visão de João. Jesus Cristo passeava no meio dos sete candelabros.
3) O número 6 é um número representativo do homem. O homem foi criado no sexto dia da criação (Gn 1.26,31). Somando-se as seis hásteas com a coluna central obtém-se o número sete, número simbólico de Deus e da perfeição. Jesus disse que devemos “ser perfeitos assim como perfeito é o Pai celeste” (Mt 5.48); o homem só pode chegar a esse estágio unindo-se a Cristo Jesus (essa perfeição terrena é relativa, não absoluta).
Observando bem o posicionamento das hásteas em relação à coluna do centro, notamos que todas elas são da mesma altura, isto nos fala igualdade perante Deus (Is 40.4; At 10.34; Gl 3.28). Mas, segundo alguns estudiosos, a coluna do centro era um pouco mais alta do que as hásteas. Isto nos fala do senhorio de Cristo em relação a nós (1 Pe 3.15). Outra coisa interessante é que as hásteas menores estão mais próximas da coluna central. Isto nos fala de humildade (Lc 9.48; Mt 11.11).
As hásteas eram ocas, bem como a coluna central, por onde se colocava os pavios, que eram embebidos de azeite de oliva, o combustível do candelabro (Lv 24.1-4). O azeite é símbolo notável do Espírito Santo (At 10.38; Mt 25.4; Sl 23.5; Lv 14.16; Nm 6.15; Dt 32.13). É o Espírito Santo que age em cada vida individualmente, e na Igreja como um todo, para que se possa refletir a luz de Cristo neste mundo, levando todos a glorificarem o Seu nome.
É importante salientar que para o bom funcionamento das lâmpadas, o canal de cada hástea não poderia estar obstruído de modo algum. Assim também não podemos e não devemos resistir nem estristecer o Espírito de Deus em nossa vida (At 7.51; Ef 4.30). O uso das “espevitadeiras” e “apagadores” era justificado na manutenção diária das lâmpadas do candelabro, que cabia ao sumo sacerdote (Êx 30.7). Ele aparava as pontas chamuscadas dos pavios, a fim de que o brilho pudesse ser mais intenso. Isto nos lembra das fadigas, dos sofrimentos que nós passamos por servir a Deus (Rm 8.18; Jo 14.33). Até mesmo Jesus (a coluna central) passou por isso (Hb 2.18; Jo 4.6; 19.28; Mt 8.24; 26.38; 27.50). Como a manutenção diária das lâmpadas, nossas forças também têm que ser santificadas e renovadas todos os dias.
Ornamentos – Eram os cálices, as maçanetas e as flores. O candelabro, ao que parece, tinha 10 cálices: 6 nas hásteas e 4 na coluna (Êx 25.33,34).
O cálice tinha o formato côncavo (amêndoa), era uma espécie de copo, no qual se colocava o azeite. O cálice simboliza o sacrifício de Cristo (Jo 18.11; Mt 20.23; 26.42). Na cerimônia memorial da Ceia do Senhor o cálice é uma referência nítida do sangue de Jesus, derramado na cruz para remissão de pecados (Mt 26.27,28; 1 Co 11.25). A palavra amêndoa significa no hebraico “estar alerta”, “acordar” e “sem sono”. A amendoeira era a primeira árvore frutífera a florescer. Isto nos lembra que devemos produzir bons frutos para Deus, isto é, nossas boas obras em Cristo Jesus (Jo 15.16; Mt 3.10; Gl 5.22,23; Ef 2.10; Tg 2.17).
A palavra maçaneta não esclarece muito bem qual teria sido o seu formato. Recorrendo mais uma vez ao hebraico, descobrimos que se tratava na realidade de “grinalda” e/ou “coroa”. Grinalda sempre sugere casamento. Pois se isto é mesmo assim, então temos aqui uma representação simbólica do casamento de Cristo com a Igreja, Sua noiva (2 Co 11.2; Lc 5.34,35; Ap 21.2,9; Ef 5.25). Coroa nos lembra reinado; reinaremos para sempre com o Senhor (Ap 1.6; 5.10; 22.5).
Outro aspecto importante é que cada hástea do candelabro formava parte de um todo, sendo que o candelabro ficaria incompleto sem qualquer uma delas, ou caso uma delas faltasse. Com isso, podemos dizer que a morte de Jesus não teria valor algum e também nenhuma finalidade ou propósito se esta não produzisse uma geração de salvos. Afinal, foi para isso que Ele veio ao mundo!
A igreja nasceu das feridas de Cristo (Is 53.5; Gl 2.20), brilha no mundo e reinará na glória. Amém!
O candelabro, cujo nome de origem é menorah, é também chamado nas Escrituras Sagradas de “castiçal”, “candeeiro”, “candeia”, ou simplesmente “lâmpada”. Constitui-se num dos objetos mais importantes e significativos da cultura e da religião judaica.
O candelabro era todo esculpido em ouro puro (“... uma peça só...”). Pesava um talento, o que, acredita-se, correspondesse entre 30 e 35 kg. Alguns estudiosos pretendem que suas medidas fossem 1,65 m de altura por 1m de comprimento, de uma extremidade a outra.
O candelabro consistia numa coluna central, da qual saíam seis háteas, três dum lado e três do outro, sendo que a peça inteira era sustentada por um pedestal. Ao todo, o candelabro tinha sete lâmpadas, que eram acesas através de um pavio, embebido de azeite. O candelabro tinha função vital dentro do tabernáculo; ficava do lado esquerdo de quem entreva no Santo Lugar, o segundo compartimento (dentro da tenda), e era a única iluminação que se tinha dentro daquele recinto sagrado.
TIPOLOGIA
A tipologia do candelabro é riquíssima: passa por Cristo, pela Igreja e também pelo Espírito Santo.De modo geral, representa Cristo como a luz do mundo, a única iluminação que este mundo tem (aí se envolve tudo que diz respeito a Ele: Sua Palavra, Seu poder, Sua Igreja, etc.). Jo 8.12; 1.9; 3.19,20; 9.5; 12.46.
A igreja também é chamada de luz do mundo: Mt 5.14-16; Ef 5.8; 1 Ts 5.5; 1 Jo 1.7. As lâmpadas serviam “para alumiar defronte dele” (Êx 25.37), ou seja, do próprio candelabro. Da mesma forma, a Igreja foi chamada para brilhar diante do Senhor. As lâmpadas do candelabro tinham que brilhar continuamente ( Lv 24.2).
O pedestal ensina-nos que devemos andar nos passos de Jesus (1 Jo 2.6).
As hásteas – Diz-se que as seis hásteas representam a Igreja, por três razões:
1) As hásteas estavam ligadas à coluna central. Do mesmo modo, a Igreja está ligada a Cristo Jesus. Na alegoria da videira e os ramos (Jo 15.1-5), Jesus é a videira, Seus discípulos, os ramos. Todo ramo que não estiver ligado nEle não pode suster-se, nem produzir frutos.2) Os sete candelabros de Apocalipse 1.12,20 representavam as sete igrejas da Ásia, na visão de João. Jesus Cristo passeava no meio dos sete candelabros.
3) O número 6 é um número representativo do homem. O homem foi criado no sexto dia da criação (Gn 1.26,31). Somando-se as seis hásteas com a coluna central obtém-se o número sete, número simbólico de Deus e da perfeição. Jesus disse que devemos “ser perfeitos assim como perfeito é o Pai celeste” (Mt 5.48); o homem só pode chegar a esse estágio unindo-se a Cristo Jesus (essa perfeição terrena é relativa, não absoluta).
Observando bem o posicionamento das hásteas em relação à coluna do centro, notamos que todas elas são da mesma altura, isto nos fala igualdade perante Deus (Is 40.4; At 10.34; Gl 3.28). Mas, segundo alguns estudiosos, a coluna do centro era um pouco mais alta do que as hásteas. Isto nos fala do senhorio de Cristo em relação a nós (1 Pe 3.15). Outra coisa interessante é que as hásteas menores estão mais próximas da coluna central. Isto nos fala de humildade (Lc 9.48; Mt 11.11).
As hásteas eram ocas, bem como a coluna central, por onde se colocava os pavios, que eram embebidos de azeite de oliva, o combustível do candelabro (Lv 24.1-4). O azeite é símbolo notável do Espírito Santo (At 10.38; Mt 25.4; Sl 23.5; Lv 14.16; Nm 6.15; Dt 32.13). É o Espírito Santo que age em cada vida individualmente, e na Igreja como um todo, para que se possa refletir a luz de Cristo neste mundo, levando todos a glorificarem o Seu nome.
É importante salientar que para o bom funcionamento das lâmpadas, o canal de cada hástea não poderia estar obstruído de modo algum. Assim também não podemos e não devemos resistir nem estristecer o Espírito de Deus em nossa vida (At 7.51; Ef 4.30). O uso das “espevitadeiras” e “apagadores” era justificado na manutenção diária das lâmpadas do candelabro, que cabia ao sumo sacerdote (Êx 30.7). Ele aparava as pontas chamuscadas dos pavios, a fim de que o brilho pudesse ser mais intenso. Isto nos lembra das fadigas, dos sofrimentos que nós passamos por servir a Deus (Rm 8.18; Jo 14.33). Até mesmo Jesus (a coluna central) passou por isso (Hb 2.18; Jo 4.6; 19.28; Mt 8.24; 26.38; 27.50). Como a manutenção diária das lâmpadas, nossas forças também têm que ser santificadas e renovadas todos os dias.
Ornamentos – Eram os cálices, as maçanetas e as flores. O candelabro, ao que parece, tinha 10 cálices: 6 nas hásteas e 4 na coluna (Êx 25.33,34).
O cálice tinha o formato côncavo (amêndoa), era uma espécie de copo, no qual se colocava o azeite. O cálice simboliza o sacrifício de Cristo (Jo 18.11; Mt 20.23; 26.42). Na cerimônia memorial da Ceia do Senhor o cálice é uma referência nítida do sangue de Jesus, derramado na cruz para remissão de pecados (Mt 26.27,28; 1 Co 11.25). A palavra amêndoa significa no hebraico “estar alerta”, “acordar” e “sem sono”. A amendoeira era a primeira árvore frutífera a florescer. Isto nos lembra que devemos produzir bons frutos para Deus, isto é, nossas boas obras em Cristo Jesus (Jo 15.16; Mt 3.10; Gl 5.22,23; Ef 2.10; Tg 2.17).
A palavra maçaneta não esclarece muito bem qual teria sido o seu formato. Recorrendo mais uma vez ao hebraico, descobrimos que se tratava na realidade de “grinalda” e/ou “coroa”. Grinalda sempre sugere casamento. Pois se isto é mesmo assim, então temos aqui uma representação simbólica do casamento de Cristo com a Igreja, Sua noiva (2 Co 11.2; Lc 5.34,35; Ap 21.2,9; Ef 5.25). Coroa nos lembra reinado; reinaremos para sempre com o Senhor (Ap 1.6; 5.10; 22.5).
Outro aspecto importante é que cada hástea do candelabro formava parte de um todo, sendo que o candelabro ficaria incompleto sem qualquer uma delas, ou caso uma delas faltasse. Com isso, podemos dizer que a morte de Jesus não teria valor algum e também nenhuma finalidade ou propósito se esta não produzisse uma geração de salvos. Afinal, foi para isso que Ele veio ao mundo!
A igreja nasceu das feridas de Cristo (Is 53.5; Gl 2.20), brilha no mundo e reinará na glória. Amém!
| Autor: Claunísio Amorim Carvalho | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |