Loucura - O Que Você Faria Por Um Grande Amor?
Ele estava tão concentrado naquele que seria um dos mais épicos duelos registrados, que não percebeu que havia prêmios em jogo. Em sua mente, o que estava realmente em jogo era a reputação do seu Deus. Foi esta a sua motivação ao derrotar o brutamonte que afrontava o exército de Israel.
Após aquela memorável vitória, o menino anônimo é aclamado herói nacional. Um mero pastorzinho rouba a cena, ofuscando a glória do seu rei. Enciumado, o velho monarca busca uma maneira de eliminá-lo, sem que isso atente contra sua popularidade já em vertiginosa decadência.
Para os israelitas, os créditos da vitória eram de Davi. Mas para os filisteus, eram de Saul. Como reverter isso? Saul preferia que o seu povo lhe atribuísse a glória, enquanto os filisteus elegessem a Davi como seu inimigo #1.
Enquanto buscava um jeito de livrar-se de Davi, Saul lembrou-se de que Davi não havia cobrado os prêmios prometidos a quem derrotasse Golias. Eram eles, riquezas, isenção de impostos para toda a sua família, e... a mão da filha do rei. Era como ganhar na loteria e não ir descontar o bilhete. Como que por um lampejo, Saul imaginou que se Davi tomasse sua filha como esposa, aparentando-se com a casa real, isso o tornaria num alvo prioritário dos filisteus.
A quem ponto chega uma mente maquiavélica! Usar a própria filha como arapuca para destruir um desafeto.
A princípio, a filha prometida seria Merade, a primogênita. Porém, Davi não demonstrou qualquer interesse. Talvez Merade não possuísse atributos estéticos que atraíssem a Davi. Sua desculpa foi que ele não se achava merecedor de aparentar-se com o rei. Afinal, seu duelo contra Golias não tinha este objetivo. Merade acabou casando-se com outro.
Chega aos ouvidos de Saul que sua filha caçula, Mical, estaria apaixonada por Davi. Esta seria a grande chance de liquidar de vez aquela fatura. Desta feita, Davi argumenta que por ser de família pobre, não teria condição de pagar o dote requerido por uma princesa. Pelo jeito, Davi não havia requerido nem mesmo as riquezas prometidas a quem derrotasse o gigante. Mas Saul percebe que rolava um clima entre Davi e Mical. Pelo que insiste e estipula um dote simbólico: cem prepúcios de filisteus.
Para Saul, aquela era a armadilha perfeita. Como seu candidato a genro conseguiria tal proeza? Que filisteu se deixaria circuncidar? Se Davi aceitasse o desafio, ele seria morto.
Mical parecia valer a pena. Por isso, Davi não titubeou. Se este era o preço estipulado pelo pai, ele estava disposto a pagar. Reunindo seus homens, partiu em direção dos inimigos. Como nenhum deles estaria disposto a ceder gentilmente o seu prepúcio, Davi não teve escolha, senão... você já sabe.
Dias depois, Davi volta com um saco cheio de prepúcios. Mas em vez de cem, ele trouxe duzentos. Como se dissesse a Saul: Sua filha vale mais do que você avaliou.
Se Mical era apaixonada, depois desta, ficou enlouquecida de amor. Como não amar a quem lhe atribuiu valor maior do que seu pai?
De igual modo, Paulo afirma que fomos “comprados por bom preço”, e que, por isso, deveríamos glorificar a Deus em nosso corpo e no nosso espírito, os quais pertencem a Deus (1 Coríntios 6:20). Não que valêssemos alguma coisa. O pecado destituiu-nos da glória de Deus, de maneira, que perdemos nosso valor intrínseco. Porém, ninguém jamais nos amou como Ele. Em vez de prepúcios, Ele pagou nosso dote com o Seu próprio sangue.
Imagine se Davi resolvesse pechinchar. Em vez de cem prepúcios, ele ofereceria cinquenta. Mas ele toma o caminho inverso. Em vez de desdenhar o ‘produto’, ele o super valoriza. Seria como se puséssemos um carro à venda, pedindo, digamos, vinte mil reais, e alguém nos oferecesse quarenta mil.
Cristo não pechinchou conosco! Não ofereceu contraproposta. Em vez disso, pagou o mais alto preço que alguém poderia pagar: Sua própria vida. Talvez por isso, Paulo se refira a isso como a "loucura de Deus" (1 Co.1:15). Seria isto uma loucura de amor?
O Escritor de Hebreus diz que Ele tinha em vista a “alegria que lhe estava proposta” (Hb.12:2). Ele sabia que valeria a pena cada gota de sangue, cada açoite, cada ferida. Isaías profetiza que Ele viria o resultado de Seu sacrifício e ficaria satisfeito (Is.53:11). Em outras palavras, Ele olharia para nós e diria: Valeu!
De acordo com Paulo, o resultado de Sua entrega por nós, seria uma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef.5:27).
Foi pela igreja, o embrião da nova humanidade, que Cristo pagou tão alto preço. Não merecíamos nem ao menos Sua atenção. Porém, Ele apaixonou-Se por nós. Foi amor à primeira vista. Aliás, amor antes mesmo da primeira vista. Antes da fundação do mundo!
Não bastaria derrotar Golias! Davi tinha que pagar o dote. Mical não seria apenas um prêmio, mas uma conquista de amor. Igualmente, não bastaria o que Jesus fez durante Seu ministério, Seus ensinos, Seus milagres. Sem a Cruz, seríamos apenas um prêmio em reconhecimento por Seu desempenho aqui na terra. Pela Cruz, nosso valor foi excedido. Ele não apenas remediou o prejuízo que o pecado nos causara, mas atribuiu-nos valor que não possuiríamos ainda que não houvéssemos pecado.
Após aquela memorável vitória, o menino anônimo é aclamado herói nacional. Um mero pastorzinho rouba a cena, ofuscando a glória do seu rei. Enciumado, o velho monarca busca uma maneira de eliminá-lo, sem que isso atente contra sua popularidade já em vertiginosa decadência.
Para os israelitas, os créditos da vitória eram de Davi. Mas para os filisteus, eram de Saul. Como reverter isso? Saul preferia que o seu povo lhe atribuísse a glória, enquanto os filisteus elegessem a Davi como seu inimigo #1.
Enquanto buscava um jeito de livrar-se de Davi, Saul lembrou-se de que Davi não havia cobrado os prêmios prometidos a quem derrotasse Golias. Eram eles, riquezas, isenção de impostos para toda a sua família, e... a mão da filha do rei. Era como ganhar na loteria e não ir descontar o bilhete. Como que por um lampejo, Saul imaginou que se Davi tomasse sua filha como esposa, aparentando-se com a casa real, isso o tornaria num alvo prioritário dos filisteus.
A quem ponto chega uma mente maquiavélica! Usar a própria filha como arapuca para destruir um desafeto.
A princípio, a filha prometida seria Merade, a primogênita. Porém, Davi não demonstrou qualquer interesse. Talvez Merade não possuísse atributos estéticos que atraíssem a Davi. Sua desculpa foi que ele não se achava merecedor de aparentar-se com o rei. Afinal, seu duelo contra Golias não tinha este objetivo. Merade acabou casando-se com outro.
Chega aos ouvidos de Saul que sua filha caçula, Mical, estaria apaixonada por Davi. Esta seria a grande chance de liquidar de vez aquela fatura. Desta feita, Davi argumenta que por ser de família pobre, não teria condição de pagar o dote requerido por uma princesa. Pelo jeito, Davi não havia requerido nem mesmo as riquezas prometidas a quem derrotasse o gigante. Mas Saul percebe que rolava um clima entre Davi e Mical. Pelo que insiste e estipula um dote simbólico: cem prepúcios de filisteus.
Para Saul, aquela era a armadilha perfeita. Como seu candidato a genro conseguiria tal proeza? Que filisteu se deixaria circuncidar? Se Davi aceitasse o desafio, ele seria morto.
Mical parecia valer a pena. Por isso, Davi não titubeou. Se este era o preço estipulado pelo pai, ele estava disposto a pagar. Reunindo seus homens, partiu em direção dos inimigos. Como nenhum deles estaria disposto a ceder gentilmente o seu prepúcio, Davi não teve escolha, senão... você já sabe.
Dias depois, Davi volta com um saco cheio de prepúcios. Mas em vez de cem, ele trouxe duzentos. Como se dissesse a Saul: Sua filha vale mais do que você avaliou.
Se Mical era apaixonada, depois desta, ficou enlouquecida de amor. Como não amar a quem lhe atribuiu valor maior do que seu pai?
De igual modo, Paulo afirma que fomos “comprados por bom preço”, e que, por isso, deveríamos glorificar a Deus em nosso corpo e no nosso espírito, os quais pertencem a Deus (1 Coríntios 6:20). Não que valêssemos alguma coisa. O pecado destituiu-nos da glória de Deus, de maneira, que perdemos nosso valor intrínseco. Porém, ninguém jamais nos amou como Ele. Em vez de prepúcios, Ele pagou nosso dote com o Seu próprio sangue.
Imagine se Davi resolvesse pechinchar. Em vez de cem prepúcios, ele ofereceria cinquenta. Mas ele toma o caminho inverso. Em vez de desdenhar o ‘produto’, ele o super valoriza. Seria como se puséssemos um carro à venda, pedindo, digamos, vinte mil reais, e alguém nos oferecesse quarenta mil.
Cristo não pechinchou conosco! Não ofereceu contraproposta. Em vez disso, pagou o mais alto preço que alguém poderia pagar: Sua própria vida. Talvez por isso, Paulo se refira a isso como a "loucura de Deus" (1 Co.1:15). Seria isto uma loucura de amor?
O Escritor de Hebreus diz que Ele tinha em vista a “alegria que lhe estava proposta” (Hb.12:2). Ele sabia que valeria a pena cada gota de sangue, cada açoite, cada ferida. Isaías profetiza que Ele viria o resultado de Seu sacrifício e ficaria satisfeito (Is.53:11). Em outras palavras, Ele olharia para nós e diria: Valeu!
De acordo com Paulo, o resultado de Sua entrega por nós, seria uma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef.5:27).
Foi pela igreja, o embrião da nova humanidade, que Cristo pagou tão alto preço. Não merecíamos nem ao menos Sua atenção. Porém, Ele apaixonou-Se por nós. Foi amor à primeira vista. Aliás, amor antes mesmo da primeira vista. Antes da fundação do mundo!
Não bastaria derrotar Golias! Davi tinha que pagar o dote. Mical não seria apenas um prêmio, mas uma conquista de amor. Igualmente, não bastaria o que Jesus fez durante Seu ministério, Seus ensinos, Seus milagres. Sem a Cruz, seríamos apenas um prêmio em reconhecimento por Seu desempenho aqui na terra. Pela Cruz, nosso valor foi excedido. Ele não apenas remediou o prejuízo que o pecado nos causara, mas atribuiu-nos valor que não possuiríamos ainda que não houvéssemos pecado.
| Autor: Hermes C. Fernandes | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |