É Tempo de Gritar


         A Igreja cristã no Brasil é ameaçada, não pelos “jericoenses”, como nos dias de Josué, mas por “ventos de doutrina”, grupos heréticos que usam principalmente a palavra Pentecoste como bandeira. Eles pregam um evangelho diferente do que recebemos e praticamos hoje, o qual tem sido o sustentáculo do crescimento espiritual, durante estes 86 anos do pentecostalismo autêntico.
         Nos primeiros anos de pentecostalismo no Brasil, todos o perseguiam, todos o ameaçavam, todos o criticavam, inclusive algumas denominações da época. Também a Igreja Católica Romana, com seu “jesuitismo ferrenho”, mandava sustar os cultos evangélicos ou espancar, prender e, se fosse preciso, matar os crentes. Até nos cemitérios públicos ela proibia que sepultassem os “protestantes”. Os pentecostes eram chamados de “capa verde”, "canela de fogo”, “bode”, “besta fera”, “espíritas”, “luteros”, “nova seita”, etc. Tudo fizeram para impedir a marcha e o crescimento do pentecostalismo no Brasil.
         Neste período negro de oposição, Deus levantou centenas de homens e mulheres cheios do Espírito Santo e de fé, que saíram por toda parte, ou seja, cidades, vilas, aldeias e longínquos sertões; muitos deles desprovidos de recursos financeiros e sem o meio de transporte adequado como possuímos hoje. Diversos destes pregadores não tinham conhecimento teológico; alguns são sabiam desenvolver sermões homiléticos, mas entendiam o que pregavam e ensinavam. Anunciavam Jesus salva o pecador arrependido e batiza o crente com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera milagres e faz maravilhas. Resultado: O povo, as autoridades e os que perseguiam ouviam e viam os sinais e aceitavam a Cristo como Salvador.
         O Diabo, o maior inimigo da Igreja do Senhor, por não poder impedir o seu crescimento procura “globalizar” as religiões e usa como “isca” as heresias, as seitas falsas, os chamados “ventos de doutrina” e, por último, um “falso pentecoste”. É necessário que os pastores, líderes, todos os obreiros, levantem-se e ordenem ao povo para “GRITAR” e protestar contra esta falsa “globalização” religiosa, que nada mais é do que um prenúncio da manifestação do Anticristo.
         A Igreja cristã não é uma “globalização” ou ajuntamento de raças, povos ou religiões, como apregoa a “Nova Era”, dentro de um consenso universal. A Noiva do Senhor Jesus é constituída de “um povo especial, zeloso e de boas obras”. Atualmente o vocábulo globalizar está em alta. É destaque entre os membros do governo, da sociedade, das nações, do comércio, da política e da religião. A ordem é “globalizar”.
         Com o crescimento da obra de Deus em nosso país, a igreja evangélica saiu dos humildes salões para os grandes templos; além dos subúrbios e das zonas rurais encontra-se os centros das grandes cidades; além das escolas dominicais possui os Institutos Bíblicos (Seminários Teológicos). Alcançamos todas as camadas sociais da nossa pátria: do varredor de rua ao legislador. Temos diversos membros que ocupam cargos de vereador, deputado, senador, ministro de Estado, governador, etc. E tudo isso, sem alterar as nossas doutrinas e os nossos bons costumes. O inimigo, por não poder impedir a marcha e o crescimento da obra de Deus, tenta infiltrar em nosso meio as falsas doutrinas.
         Seus discípulos vestiram-se ou fizeram-se de “gibionitas” como nos dias de Josué e entraram em nosso meio para semear o “joio” (heresias), com seus “ventos de doutrinas” (Ef. 4.14) e começaram a dizer: “Somos vossos conservos”; “Somos pentecostais”; “Deus não olha placa de igreja”. E acrescentam: “lá”, referindo-se ao movimento deles, “Jesus está abençoando da mesma forma”.
         Com esta filosofia tentam desestruturar a Noiva de Cristo, pois pregam, como diz o apóstolo Paulo, “outro evangelho” (2 Co 11.4), através dos “ventos de doutrina” da “Nova Era”, do “culto da prosperidade”, da “ação positiva”, da “Nova Unção”, do “cair do Espírito”, etc. Este último, o nome já diz tudo: “cair”. Se fosse crescer ou subir no Espírito, tudo bem, mas “cair no Espírito”?!
         “São muitos os que se infiltraram hoje entre os crentes, de Bíblia em punho, parecendo crer exatamente como cremos. No entanto, um estudo mais cuidadoso revelará que suas posições doutrinárias são inaceitáveis à luz das Escrituras e do cristianismo histórico ortodoxo” (do livro Super Crente – Paulo Romeiro)
         A Igreja de Cristo não precisa de uma “nova unção”, mas, sim, conservar a que recebeu, a do Espírito Santo (1 Jo 2.27). Se temos o revestimento do genuíno poder de Deus (1 Jo 2.6), não precisamos de Kenneth Hagin, Benny Hinn ou de passar pela escola Rhema ou pelos “neopentecostais”.
         “O crente recebeu uma unção da parte de Cristo, ou seja, o Espírito Santo (2 Co 1.21,22). Através dele, conhecemos a verdade. Todo filho de Deus recebe o revestimento de poder, a fim de que seja guiado na Verdade (Jô 14.26; 16.13). À medida em que os cristãos permanecem em Jesus e lêem a Palavra de Deus, o Espírito Santo ajuda-os a compreender suas verdades redentoras:
- Todos os crente podem estudar e conhecer a verdade de Deus e aprender uns com os outros, mediante o ensino, a exortação e a instrução (Mt 28.20; Cl 3.16; Ef 3.18).
- Os crentes têm duas salvaguardas contra o erro doutrinário: a revelação bíblica e o Espírito Santo.
- O crente não precisa dos que ensinam doutrinas extrabíblicas. Este é significado das palavras do apóstolo João: “não tendes necessidade de que alguém vos ensine”. (Bíblia de Estudos Pentecostal – CPAd).
         Foi através do grito de Josué, dos sacerdotes e de todo o povo, que os “muros” de Jericó caíram e Israel venceu a batalha. Pastores, líderes e igrejas: gritai, protestai contra estas heresias da “Nova Era”. Venha de onde vier este alerta e os “gibionitas” fugirão.

GRITAI!

Autor: Pr José Apolônio