Os Demônios Possuem o Direito de Posse?
Satanás quer que o homem peque, para ter um outro direito, o direito de posse sobre a vida da pessoa, desta forma, ele tem o direito de agir legalmente na vida da pessoa. Mas isto é bíblico ? Em 1 João 3.8 nós temos um primeiro texto a considerar:
“Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo."
O Tradutor e Ministro de Libertação Milton Azevedo Andrade, comentando este versículo diz o seguinte:
“O sentido do verbo “é”, neste versículo, é o sentido de posse. É o mesmo sentido de quando você diz: “Esta casa é minha.” Quer dizer que você tem a posse dela; que você mora nela, que você poderá decorá-la e arrumá-la do jeito quer você quiser.
Então, aquele que peca é do diabo? Sim. Isso significa que o diabo tem alguma posse, ou seja, tem o direito de agir na vida da pessoa, assim como quem tem posse de uma casa tem o direito de agir dentro dela. Tem ainda o direito de levar para essa casa o que ele quiser; e dá para imaginar o que ele leva... nunca será nada de bom.
Então, aquele que peca é do diabo? Sim. Isso significa que o diabo tem alguma posse, ou seja, tem o direito de agir na vida da pessoa, assim como quem tem posse de uma casa tem o direito de agir dentro dela. Tem ainda o direito de levar para essa casa o que ele quiser; e dá para imaginar o que ele leva... nunca será nada de bom.
O segundo texto a considerar é outro versículo escrito por João, desta vez em seu evangelho. Em João 8.34 Jesus disse:
“...Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.”
Neste versículo a segunda ocorrência da palavra pecado foi personalizada por Jesus. Nesta segunda ocorrência, Jesus apresenta o pecado como o dono de um escravo, isto é, o dono de todo aquele que pratica o pecado. Já lemos que o pecado é a transgressão da lei de Deus (1 Jo 3.4). Transgressão é algo impessoal, e portanto não pode ser o dono de alguém. Indiretamente Jesus usou de simplicidade para ensinar uma grande verdade: “Quem comete o pecado é escravo do Diabo”. João compreendeu essa grande verdade, e a ensinou claramente em 1 João 3.8.
Quanto ao direito de posse, ainda temos um terceiro texto a considerar. Em Mateus 12. 43-45 Jesus ensina o seguinte:
“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos buscando repouso, mas não o encontra. Então diz: Voltarei para minha casa de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai. E leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali. E são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.”
Um demônio pode ser expulso sem que seja quebrado seu direito de posse. (Depois vou explicar em que condições isto pode acontecer) Porém, ele pode voltar trazendo mais destruição para a vida da pessoa. O demônio diz: “Voltarei para minha casa...”. A palavra “casa” refere-se ao lugar que foi dado ao Diabo na vida da pessoa (Ef 4.25-32). O demônio voltou pois sabia do direito que tinha. Ele diz: “... minha casa...”. Isto é direito de posse. Depois que o demônio é expulso, por um tempo, não existirá sua presença e controle, a pessoa terá um paliativo, porém, só haverá libertação quando o direito do demônio for quebrado e a pessoa cheia com o Espírito Santo. Se isto não acontecer, o demônio voltando “... leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali. E são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros...”.
Além de Efésios 4.25-32, Paulo também nos mostra o direito de posse com a palavra “vantagem” em 2 Coríntios 2.10,11: “A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcançe VANTAGEM sobre nós, pois não lhe ignoramos os designios.” A palavra no grego é “pleonektéo” e significa “levar vantagem sobre”, “ser explorado”, “defraudar”, “aproveitar-se”. A verdade é que Satanás e seus demônios, tem explorado, defraudado e se aproveitado até mesmo muitos crentes. Paulo reconhecia que até com ele mesmo isto poderia acontecer se ele não liberasse perdão. No contexto desta passagem nos versículos de 5 a 9, percebemos que um crente rebelde havia sido suficientemente castigado e se arrependera. Aparentemente alguns queriam uma punição ainda mais severa (2 Co 2.6-8), mas no caso dele a igreja tinha que liberar perdão e amá-lo, senão, além do irmão ser consumido por excessiva tristeza (v.7), toda a igreja daria direito de posse a Satanás e seria destruída por ele (v.11).
O direito de posse é quebrado quando há verdadeira confissão e arrependimento dos pecados. Em 1 João 1.9 está escrito:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.”
Confessarmos no grego é “homologéo”, palavra derivada de “homos” “a mesma coisa” e “lego”, “dizer”, ou seja, “dizer a mesma coisa que outra pessoa”, neste caso, é fazer uma declaração admitindo a sua pecaminosidade e seus pecados particulares, é concordar com a Palavra de Deus renunciando todos os pecados, pois a confissão desacompanhada da determinação de livrar-se do pecado (que é sinal de arrependimento), é uma oração inútil. Dizer sempre para Deus: Senhor, aqui estou novamente, com o mesmo pecado. Perdoa-me. Isso não é arrependimento, e sem o arrependimento não há perdão (At 3.19; At 8.22). As atitudes ou ações de cada um demonstrarão se houve arrependimento (Mt 3.8; At 26.20).