Carta à Igreja de Pérgamo
“ Ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois gumes: Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Entretanto, algumas poucas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem. Assim tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas. Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe ”. Apocalipse 2.12-17.
A guerra implícita
Todas as cartas às sete igrejas da Ásia incluem uma promessa “ao vencedor” (2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21). Se é possível vencer ou ser derrotado, significa que existe uma guerra em andamento. Isto fica evidente na carta à igreja de Pérgamo pelo destaque que se dá à espada (2.12,16) e pelo uso do verbo “batalhar” (2.16).
Aquelas igrejas estavam em constante combate, não entre si, mas contra Satanás (2.9, 10, 13, 24; 3.9), que se fazia representar de várias formas e com diversas estratégias. Tal realidade não é diferente da nossa. Também somos igrejas do Senhor e estamos na frente de batalha.
Aquelas igrejas estavam em constante combate, não entre si, mas contra Satanás (2.9, 10, 13, 24; 3.9), que se fazia representar de várias formas e com diversas estratégias. Tal realidade não é diferente da nossa. Também somos igrejas do Senhor e estamos na frente de batalha.
Os soldados de cada lado
Assim como Deus usa homens para realizar muitos de seus propósitos, o inimigo também usa. Por quem ser usado é uma questão da escolha que cada pessoa faz. Pelo lado do bem, o texto nos apresenta o exemplo de Antipas, fiel testemunha do Senhor (2.13). Pelo lado mau, temos os nomes simbólicos de Balaão e Balaque (2.14), representando o poder religioso e político respectivamente. O versículo 15 contém a presença discreta de um tal Nicolau, outro líder religioso. O diabo sempre tenta utilizar todo tipo de influência para nos atacar ou perseguir. Se ele puder usar líderes religiosos ou governantes, ele o fará com proveito. Não podemos cometer o erro da generalização, condenando todos os religiosos ou políticos, mas sabemos que através de heresias, falsas doutrinas, leis injustas e decisões arbitrárias, o povo de Deus tem sido prejudicado e perseguido durante a história.
O campo de batalha
Aquela igreja estava no território do inimigo. Satanás habitava naquele lugar e ali estava o seu trono (2.13). Deus não mandou a igreja se mudar dali, pois ele precisava de fiéis testemunhas naquela cidade. Aquele local era desconfortável. A perseguição era intensa, mas a igreja não podia ir embora. Muitos servos de Deus, ainda hoje, estão em lugares difíceis, mas devem ser luz no meio das trevas.
Vitória sobre os ataques diretos (2.13)
O objetivo do maligno é destruir as nossas almas. Para isso, ele tenta nos fazer desviar do caminho do Senhor. Esta é a ênfase de Ap.2.13. A igreja foi tentada a negar a fé e renunciar ao nome de Jesus. Entretanto, foi vitoriosa, pois manteve sua posição. A guerra, porém, ainda não havia terminado.
Derrota diante das influências sutis (2.14-15).
Se Satanás não consegue nos tirar do caminho, ele colocará tropeços à nossa frente, conforme se vê no versículo 14. Se ele não consegue nos tirar a fé, tentará fazer acréscimos à nossa doutrina, inserindo seu veneno de forma sutil. Se você resolve não abandonar a igreja, ele tentará armar seus laços lá dentro mesmo. Se ele não nos vence pelo mundanismo, tentará nos conduzir a um tipo de religiosidade vazia, infrutífera e inútil. Mesmo não negando o nome de Jesus, ainda corremos o risco de sermos apenas cristãos nominais.
A experiência de Israel (Num.22 a 25) é lembrada no versículo 14 como alerta para a igreja de Pérgamo. Os moabitas, súditos de Balaque, não tinham poder militar para enfrentar os israelitas. Balaão, por sua vez, não podia amaldiçoar o povo de Deus. Então, usaram outra estratégia: uma aparência de amizade. Ofereceram comida, carinho e afeto aos filhos de Israel. Assim, eles comeram alimentos sacrificados aos ídolos e se prostituíram. Tal estratagema teve alto nível de eficácia, pois levou ao pecado e à morte milhares de pessoas do povo de Deus.
A participação dos israelitas em cerimônias idólatras pode ser comparada ao ecumenismo tão difundido atualmente. Devemos amar e respeitar todas as pessoas, mas misturar o culto a Deus com a idolatria não é aceitável. Observamos que, passados tantos séculos entre a experiência de Israel e o Apocalipse, a estratégia do inimigo continua a mesma. Eis uma das razões pelas quais o Antigo Testamento continua útil.
Aqueles cristãos de Pérgamo tinham apresentado grande resistência aos ataques diretos (2.13), mas alguns sucumbiram diante das influências sutis (2.14-15). Continuaram dentro da igreja, mas seguiam uma doutrina estranha. Foram vitoriosos em um momento (2.13) e derrotados em outro (2.14-15), quando permitiram que “poucas coisas” (2.14) fossem semeadas pelo inimigo. Não é preciso muito fermento para levedar a massa.
Muitos cristãos hoje não negam sua fé (2.13), mas caem na prostituição, no adultério ou em outras relações ilícitas (2.14). Estão sendo vencidos pelo Diabo do mesmo jeito.
A experiência de Israel (Num.22 a 25) é lembrada no versículo 14 como alerta para a igreja de Pérgamo. Os moabitas, súditos de Balaque, não tinham poder militar para enfrentar os israelitas. Balaão, por sua vez, não podia amaldiçoar o povo de Deus. Então, usaram outra estratégia: uma aparência de amizade. Ofereceram comida, carinho e afeto aos filhos de Israel. Assim, eles comeram alimentos sacrificados aos ídolos e se prostituíram. Tal estratagema teve alto nível de eficácia, pois levou ao pecado e à morte milhares de pessoas do povo de Deus.
A participação dos israelitas em cerimônias idólatras pode ser comparada ao ecumenismo tão difundido atualmente. Devemos amar e respeitar todas as pessoas, mas misturar o culto a Deus com a idolatria não é aceitável. Observamos que, passados tantos séculos entre a experiência de Israel e o Apocalipse, a estratégia do inimigo continua a mesma. Eis uma das razões pelas quais o Antigo Testamento continua útil.
Aqueles cristãos de Pérgamo tinham apresentado grande resistência aos ataques diretos (2.13), mas alguns sucumbiram diante das influências sutis (2.14-15). Continuaram dentro da igreja, mas seguiam uma doutrina estranha. Foram vitoriosos em um momento (2.13) e derrotados em outro (2.14-15), quando permitiram que “poucas coisas” (2.14) fossem semeadas pelo inimigo. Não é preciso muito fermento para levedar a massa.
Muitos cristãos hoje não negam sua fé (2.13), mas caem na prostituição, no adultério ou em outras relações ilícitas (2.14). Estão sendo vencidos pelo Diabo do mesmo jeito.
Nova oportunidade
Apesar das derrotas sofridas, ainda havia esperança para aquele povo. O Senhor disse à igreja: “Arrepende-te” (2.16). Queres vencer Satanás? Arrepende-te do pecado. O arrependimento é acompanhado pelo perdão. Esta é a única forma de reverter a situação. Outras batalhas virão e precisam ser vencidas. Pior do que cair é desistir de caminhar. Se caíste, levanta-te e prossegue no caminho do Senhor. Só o arrependimento, a mudança de atitude, o abandono do pecado, nos coloca de volta à posição de vitória.
A recompensa final
Em Ap.2.17 vemos o fim triunfal para os vencedores. Aqueles que renunciaram à comida dos ídolos (2.14), comerão do maná escondido (2.17). O maná é a provisão divina para as necessidades humanas. É o alimento celestial que traz sustento e satisfação para as nossas almas, algo que o mundo não pode oferecer.
Esse texto fala de experiências pessoais e intransferíveis. Embora a batalha seja da igreja, a recompensa é individual. Por isso está no singular: “Ao vencedor...”. O último versículo da carta se refere a experiências sobrenaturais com Deus, reservadas para aqueles que resistiram às ofertas do maligno ou se arrependeram de tê-las recebido. Existe um tom de mistério no texto. O maná está “escondido” e o novo nome só será conhecido por aquele que o receber. Temos aí o aspecto de segredo que sempre envolve o galardão reservado para os justos.
“ As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para aqueles que o amam” (ICo.2.9).
Esse texto fala de experiências pessoais e intransferíveis. Embora a batalha seja da igreja, a recompensa é individual. Por isso está no singular: “Ao vencedor...”. O último versículo da carta se refere a experiências sobrenaturais com Deus, reservadas para aqueles que resistiram às ofertas do maligno ou se arrependeram de tê-las recebido. Existe um tom de mistério no texto. O maná está “escondido” e o novo nome só será conhecido por aquele que o receber. Temos aí o aspecto de segredo que sempre envolve o galardão reservado para os justos.
“ As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para aqueles que o amam” (ICo.2.9).