Trajetória Humana
Os caminhos do homem são obscuros. Fazemos um plano para a vida, desenhamos um percurso, e quantas vezes saem do modo como planejamos? Quando crianças nós somos levados, não temos escolha. Vamos para onde alguém responsável, no sentido de saber o que faz, pensando no melhor para o futuro, nos encaminha. Se esse responsável não é tão responsável assim, as escolhas posteriores se tornam muito mais difíceis, e o resultado pode ser desastroso. Podemos escolher a felicidade na primeira hipótese, mas na outra situação, a consciência da escolha é muito nebulosa, e nem sempre é feita. Podemos nos deixar levar pelas circunstancias da vida.
Escolher ser feliz parece uma utopia, mas não é. Decidimos pela felicidade quando nos contentamos com o que temos, Quem “decide” ser infeliz, por mais e melhor que possua, nunca se dará por satisfeito. Se entendermos assim, podemos então pensar que escolhemos a própria felicidade. Os motivos que determinam essas escolhas são vários, não tenho competência para discuti-los. Cada um sabe de si, e muitas vezes ser feliz não depende apenas de nós. As coisas ruins acontecem, mas ainda assim, a decisão de aceitar ou não os fatos determinantes pode amenizar sentimentos desagradáveis.
Quanto à nossa relação com Deus, as escolhas também são interessantes de analisar. Vou partir da minha experiência. É lógico que seja assim. Não existe nada mais pessoal do que o nosso relacionamento com Deus. Não tenho e nem posso ter a mínima ideia de como Deus vê o outro e de como o outro poderia saber de que maneira Deus me vê. O que não pode provocar conflitos é a maneira como Deus se apresenta ao ser humano. Tanto para mim, como para o outro, Ele é sempre o mesmo, e age da mesma forma: com um convite amoroso para que o aceitemos em nossa vida.
Quanto à nossa relação com Deus, as escolhas também são interessantes de analisar. Vou partir da minha experiência. É lógico que seja assim. Não existe nada mais pessoal do que o nosso relacionamento com Deus. Não tenho e nem posso ter a mínima ideia de como Deus vê o outro e de como o outro poderia saber de que maneira Deus me vê. O que não pode provocar conflitos é a maneira como Deus se apresenta ao ser humano. Tanto para mim, como para o outro, Ele é sempre o mesmo, e age da mesma forma: com um convite amoroso para que o aceitemos em nossa vida.
Então, comecei por escolhê-lo. Um dia, conheci o Deus Criador e pelo sangue do Seu Filho Jesus, recebi no meu coração o seu Santo Espírito. Tudo passou a ser diferente. Decidi, por causa dessa escolha, viver a vida conforme os seus preceitos. Conceitos, valores e consequentemente, atitudes, desejei que mudassem. Comecei dentro mim o processo difícil e trabalhoso da transformação à imagem e semelhança daquele que me criou. Foi uma luta inglória. Não consegui progresso nenhum nessa árdua tarefa. Por que? Se eu sabia das coisas que fazia e imaginava que não agradavam a Deus, e sabia de que maneira Ele as desejava, por que não alcancei o resultado que almejei com tanta sinceridade? O problema é que eu não sabia verdadeiramente o que Ele queria de mim. Eu não conhecia todo o contexto da minha vida e o que Deus queria transformar. Para agir diferente eu teria que ser diferente.
A única resposta plausível que encontrei para essa pergunta foi que a razão do meu fracasso foram as escolhas anteriores à decisão de seguir a Jesus. Escolhas que eu fiz, ou que fizeram por mim, não importa. Faziam parte da minha vida. Os comportamentos sedimentados pelo tempo e pela prática, arraigados profundamente no coração, me impediam de caminhar em direção à santidade que me estava proposta. Sempre entendi que o passado não é como uma roupa que tiramos, jogamos fora e trocamos por outra. Nós estamos impregnados pelo passado. Ele faz parte de nós, da nossa personalidade, da formação do caráter.
A única resposta plausível que encontrei para essa pergunta foi que a razão do meu fracasso foram as escolhas anteriores à decisão de seguir a Jesus. Escolhas que eu fiz, ou que fizeram por mim, não importa. Faziam parte da minha vida. Os comportamentos sedimentados pelo tempo e pela prática, arraigados profundamente no coração, me impediam de caminhar em direção à santidade que me estava proposta. Sempre entendi que o passado não é como uma roupa que tiramos, jogamos fora e trocamos por outra. Nós estamos impregnados pelo passado. Ele faz parte de nós, da nossa personalidade, da formação do caráter.
Que negocio difícil e complicado é mudar o passado! Ele insiste em não se mexer do lugar. Tomou posse do tempo que foi dele e não abre mão do direito adquirido. Não se move um milímetro sequer, por maior que seja o esforço despendido nessa tarefa. As vezes nem o conhecemos direito. Ele também não gosta de se revelar. Prefere, por medo ou vergonha, se entranhar por lugares escuros da alma e quanto mais escuro o lugar, melhor para ele. Só que o Espírito Santo está lá, querendo iluminar o caminho que tenho que percorrer, porque eu decidi que assim seria o meu percurso daquele dia em diante.
Se nós combatemos um inimigo desconhecido, a vitória jamais será alcançada. A primeira providencia a ser tomada deve ser saber contra quem eu tenho que lutar, pois atirar às escuras, dificilmente nos faz acertar o alvo, se não tornar impossível atingi-lo. Podemos até acertar o alvo errado. Assim, me pus a conhecer o inimigo oculto. Como na brincadeira do amigo secreto, ele sabe quem eu sou, mas eu não sabia como ele era, pois estava escondido nos cantos escuros da memória. Usei todas as armas disponíveis, algumas me saíram bem caro, tanto financeira como emocionalmente. Alguns aspectos do adversário chamado passado eu descobri. Percorri algumas das cavernas escuras por onde ele se escondia, mas, quando dei de cara com ele, o que pude fazer? Conhecê-lo não me fez mudá-lo. Ele continuava com o seu “presente” indesejável, e não queria aceitar o que eu tinha para lhe dar. Eu sabia em pequenas partes quem era o meu inimigo, mas não consegui tirá-lo do seu lugar. Conviver bem com ele seria uma boa opção, mas ainda não era suficiente para a transformação que eu sabia ser da vontade de Deus para mim. A melhor opção era amar.
Se nós combatemos um inimigo desconhecido, a vitória jamais será alcançada. A primeira providencia a ser tomada deve ser saber contra quem eu tenho que lutar, pois atirar às escuras, dificilmente nos faz acertar o alvo, se não tornar impossível atingi-lo. Podemos até acertar o alvo errado. Assim, me pus a conhecer o inimigo oculto. Como na brincadeira do amigo secreto, ele sabe quem eu sou, mas eu não sabia como ele era, pois estava escondido nos cantos escuros da memória. Usei todas as armas disponíveis, algumas me saíram bem caro, tanto financeira como emocionalmente. Alguns aspectos do adversário chamado passado eu descobri. Percorri algumas das cavernas escuras por onde ele se escondia, mas, quando dei de cara com ele, o que pude fazer? Conhecê-lo não me fez mudá-lo. Ele continuava com o seu “presente” indesejável, e não queria aceitar o que eu tinha para lhe dar. Eu sabia em pequenas partes quem era o meu inimigo, mas não consegui tirá-lo do seu lugar. Conviver bem com ele seria uma boa opção, mas ainda não era suficiente para a transformação que eu sabia ser da vontade de Deus para mim. A melhor opção era amar.
Segui em frente, muitas vezes em decepções e desagrados. Para mudar o passado, temos que lidar com gente, e gente é bicho ruim de se lidar. Gente que fazia parte do passado, e que me levou, no tempo em que não tive escolha, por caminhos que não me deram condições de escolher ser feliz. Machucaria. Escolhi não seguir por aí. Dei a volta por atalhos que achei mais conveniente, e essa foi uma boa escolha. Doeu apenas em mim. Apenas fiz isso sob a orientação do Espírito Santo, e descobri que tratar as pessoas, mesmo aquelas do passado triste, de forma que agrada a Deus, é um bom negócio nesse caminho de transformação.
Eu não vou mudar as pessoas. Esse é o processo que tive que desenvolver em mim. E o tempo foi passando. Outras descobertas foram acontecendo, e a cada uma, os valores e conceitos foram sendo aos poucos modificados. A vida se firmando em alicerces sólidos, as ideias se aclarando e se o passado não mudou, mudei eu. Ele continuava lá, no mesmo lugar no tempo, mas quem estava em um tempo diferente era eu. Eu mudei de lugar, saí daquele buraco escuro. Olhar os fatos sob a ótica de Deus fez toda diferença.
O presente que eu tinha recebido com a presença de Jesus na minha vida foi infinitamente maior do que aquele que o passado me deu. E, aos poucos, na mesma medida em que eu fui permitindo, ele foi tomando conta da situação. Mas, preciso esclarecer, foi aos poucos mesmo. As fortalezas erguidas no tempo, pelo domínio do mal que habitava em mim, foram e ainda são, muito resistentes. Por isso se chamam fortalezas. Amarguras, rancores, ressentimentos, até ódio camuflado, são fortalezas poderosas. Foram aos poucos sendo destruídas, mas os resíduos da sua presença são persistentes. O mal nunca desiste de nós, Então, o vai e vem do comportamento entre o passado e o presente é constante. O velho homem é incansável, não entrega os pontos facilmente. Ele tem cúmplices poderosos. O mundo, aqueles que, ainda que bem intencionados, mas que se contentaram com “o presente” que o seu inimigo oculto chamado passado lhes deu, são insistentes em me fazer continuar a viver da maneira que acha certa. O próprio dono do passado, o que se apossou dele para me destruir, o inimigo ferrenho de nossas almas também não me abandona facilmente. Está sempre, como um leão, rugindo ao meu redor, ameaçando, amedrontando. Só que, na natureza, quem ruge é o leão velho, sem forças, porque precisa assustar as suas vítimas. O leão jovem é forte e ataca sem barulho. Ele quer ser um leão, é “como” um leão, mas não é. Então, a cada dia tenho que escolher continuar no caminho da transformação, e a cada dia tenho que lutar. O verdadeiro Leão de Judá me assiste com eu amor.
Eu não vou mudar as pessoas. Esse é o processo que tive que desenvolver em mim. E o tempo foi passando. Outras descobertas foram acontecendo, e a cada uma, os valores e conceitos foram sendo aos poucos modificados. A vida se firmando em alicerces sólidos, as ideias se aclarando e se o passado não mudou, mudei eu. Ele continuava lá, no mesmo lugar no tempo, mas quem estava em um tempo diferente era eu. Eu mudei de lugar, saí daquele buraco escuro. Olhar os fatos sob a ótica de Deus fez toda diferença.
O presente que eu tinha recebido com a presença de Jesus na minha vida foi infinitamente maior do que aquele que o passado me deu. E, aos poucos, na mesma medida em que eu fui permitindo, ele foi tomando conta da situação. Mas, preciso esclarecer, foi aos poucos mesmo. As fortalezas erguidas no tempo, pelo domínio do mal que habitava em mim, foram e ainda são, muito resistentes. Por isso se chamam fortalezas. Amarguras, rancores, ressentimentos, até ódio camuflado, são fortalezas poderosas. Foram aos poucos sendo destruídas, mas os resíduos da sua presença são persistentes. O mal nunca desiste de nós, Então, o vai e vem do comportamento entre o passado e o presente é constante. O velho homem é incansável, não entrega os pontos facilmente. Ele tem cúmplices poderosos. O mundo, aqueles que, ainda que bem intencionados, mas que se contentaram com “o presente” que o seu inimigo oculto chamado passado lhes deu, são insistentes em me fazer continuar a viver da maneira que acha certa. O próprio dono do passado, o que se apossou dele para me destruir, o inimigo ferrenho de nossas almas também não me abandona facilmente. Está sempre, como um leão, rugindo ao meu redor, ameaçando, amedrontando. Só que, na natureza, quem ruge é o leão velho, sem forças, porque precisa assustar as suas vítimas. O leão jovem é forte e ataca sem barulho. Ele quer ser um leão, é “como” um leão, mas não é. Então, a cada dia tenho que escolher continuar no caminho da transformação, e a cada dia tenho que lutar. O verdadeiro Leão de Judá me assiste com eu amor.
Eu gosto de olhar para trás e ver o quanto já andei, e gosto de ver o que já aprendi e vivi. As lutas, as vitórias, algumas derrotas, o cair e levantar, e a vontade é de continuar, porque quem conhece o Caminho jamais quer se afastar Dele. Olhar para frente às vezes também assusta. Não sabemos quando a nossa estrada vai terminar, mas ela sempre nos parece longa. Não pelo comprimento, mas pelo tamanho das lutas. Sempre perguntamos a Deus até quando lutaremos. A guerra parece que nunca termina, parece sempre grande demais para as nossas forças. Entretanto, o próprio ato de olhar para trás é o estimulo para caminhar para frente. Ver o que Deus já fez nos dá a certeza de que Ele fará muito mais.
Os nossos caminhos continuam obscuros, os nossos planos nem sempre se concretizam, mas a luz de Jesus é para o caminhar de hoje. É para o presente. Se a cada dia temos essa luz, o futuro será luminoso também. A trajetória humana passa a ser um caminhar com Deus.
Os nossos caminhos continuam obscuros, os nossos planos nem sempre se concretizam, mas a luz de Jesus é para o caminhar de hoje. É para o presente. Se a cada dia temos essa luz, o futuro será luminoso também. A trajetória humana passa a ser um caminhar com Deus.
Essa é a minha trajetória, pode se a historia de qualquer um. Todos podemos viver nos caminhos que Deus planejou para nós, e não naqueles que escolhemos pensando serem os melhores. Esses planos, sim, serão concretizados, pois Deus não desiste de nós. Alguns dias serão gloriosos, cheios de vida, outros nos parecerão escuros e sem vigor, mas, o projeto de Deus será sempre o mesmo, independente do nosso estado de espírito ou de emoções que oscilam ao sabor das circunstancias. Ele não quer nada mais de nós, além de nós mesmos em suas poderosas mãos. Ele, mais que ninguém, quer a nossa felicidade. Temos o penhor do Espírito Santo, temos a Palavra que é a fonte do ensino para nós. E por fim, temos modelo a seguir, Nosso Senhor Jesus Cristo. Não estamos perdidos sem saber o rumo a seguir. Temos o Caminho a nossa frente.
Autor: Sonia Benetton