Reflexão A Máquina da Doçura!
Às vezes me pego pensando: “por que quando somos criança queremos tanto crescer?!” É uma vontade tão grande de chegar à vida adulta, que poderíamos dizer que é quase incontrolável. Essa vontade, esse desejo, esse impulso de ser adulto nos impede de perceber algumas facetas tão particulares e preciosas dessa fase singular que é a infância. Dentre essas, uma se destaca: a imaginação! Quando criança, imaginamos o tempo todo, e o melhor, não é preciso fazer força para isso, é natural, completamente natural.
Não consigo entender como essa capacidade é praticamente perdida quando atingimos a adolescência, juventude e vida adulta. O praticamente, confesso, é um eufemismo, pois é devido a muito esforço, que aqui, e ali, conseguimos algo parecido com a imaginação infantil. O que antes fazia parte do nosso cotidiano, agora parece ser uma habilidade um tanto quanto incomum.
Lembro bem de um quadro, uma tela pintada a óleo que tínhamos em casa quando eu era criança. No quadro havia uma paisagem com alguns coqueiros, uma casa na praia, o mar, uma jangada e alguns pássaros. Consigo recordar como se fosse hoje todos os filmes que eu criava com aquela imagem estática diante dos meus olhos. E o que me espanta, ao recordar disso, é com que rapidez, segurança e convicção, eu inventava todas aquelas estórias. Não eram simples fantasias infantis, mas construções a partir dessa capacidade tão singular àquela fase, a imaginação.
Diante disso surgem algumas dúvidas. Seria uma mudança fisiológica? Uma mudança na química do nosso cérebro? Sim, seria ela a responsável pela quase que falência dessa capacidade imaginativa que tínhamos quando criança? Ou será que é uma mudança psicológica? Poderia ser a soma das experiências boas e ruins – pelas quais fomos passando – a responsável pela alteração da nossa forma de ver, sentir, conviver com o mundo a nossa volta? Ou quem sabe, podemos apontar outra razão para o sumiço de nosso desvairar imaginativo: uma mudança sociológica? Os diferentes meios de convívio da fase da adolescência, juvenil e adulta, que sufocando o poder imaginativo, acabam por enfraquecê-lo, atrofia-lo e praticamente, extingui-lo? Pelo menos algo é possível afirmar: não é o compromisso de seguir a Jesus que interfere em nossa imaginação. Basta uma espiada no conjunto de suas aulas, proclamação e ensino, e logo veremos a constância com que Ele apelava à imaginação dos seus discípulos. Jesus usava a imaginação dos seus ouvintes e seguidores como uma ferramenta de trabalho.
Além disso, lembrem-se que Jesus disse que o Reino é para os que se assemelham as crianças:
“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18.3)
“Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.” (Mateus 19. 13-14)
É impossível pensar numa criança e não associar a ela essa pulsante característica: a imaginação.
Deixe-me explicar o porquê de tanta ênfase e destaque a imaginação. Acontece que fiquei impressionado e ao mesmo tempo fui levado aos pés de Jesus, enquanto folhava um jornal local. No jornal havia um encarte especial com vários desenhos infantis, relacionados a diferentes temas. Um dos desenhos chamou muito minha atenção. Era de uma menina de onze anos, que diante do tema “Quero ser Cientista”, dizia querer inventar a máquina que transforma pessoas amargas em pessoas doces. Isso mesmo, uma garotinha de onze anos tinha como desejo ser cientista, e isso, para criar uma máquina que transforma uma pessoa amarga em uma pessoa doce. No seu desenho ela colocou o seguinte título: “MÁQUINA PARA PESSOAS AMARGAS FICAREM DOCES”.
Em um momento como esse você tem vontade de rir, chorar, conhecer a menina, e sem dúvida alguma, também fica profundamente frustrado por olhar para si mesmo e não saber responder a uma pergunta instantânea: onde ficou minha imaginação?! Ser cientista para fazer uma “máquina para pessoas amargas ficarem doces”? Confesso, fiquei profundamente impressionado com a imaginação da menina, e, foi nesse momento, que me encontrei literalmente aos pés do Amado. Sim, o lugar onde se aprende aquilo que ninguém poderá tirar de nós. O lugar que Maria, mesmo diante da agitação de sua irmã Marta, não deixava de jeito nenhum. O lugar dos tesouros eternos. Não apenas o lugar das curas, libertações, salvação, mas o lugar onde é possível ver a Palavra de Deus encarnada. O lugar onde está Àquele, que só Ele, tem as palavras de vida eterna. Ali, nesse lugar indefinível, fui levado a compreender que apesar de a “maquina para pessoas amargas ficarem doces” ser uma criação possível apenas na imaginação daquela ilustre garotinha de onze anos, havia a possibilidade de pessoas amargas se tornarem doces: um relacionamento com o Espírito Santo!
Falar de relacionamento com o Espírito Santo não é tão simples, aliás, esse é um assunto onde à imaginação de algumas crianças grandes, já geraram inúmeros problemas. Na verdade, são praticamente dois mil anos de história da Igreja, e não temos uma respeitada teologia bíblica sobre a pessoa do Espírito Santo. Aqui e ali, vemos tentativas, algumas boas, outras nem tanto. Mas é preciso mais, é preciso levar a Igreja de Jesus não apenas reconhecer o Espírito Santo como pessoa, mas direcioná-la ao caminho de um verdadeiro relacionamento, que é vital para que nos assemelhemos Jesus. Doces como Jesus!
Acompanhe o que Deus revela ao ser humano através das palavras de Paulo:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3.18)
Agora acompanhe o mesmo texto, segundo a versão bíblica conhecida como a Nova Versão Internacional:
“E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Coríntios 3.18 – NVI)
Essas palavras do apóstolo Paulo aos coríntios nos apresentam duas verdades claras. Essas verdades são estímulos, incentivos, encorajamentos, a sermos pessoas doces.
A primeira, é que nós que estamos aliançados com Deus, estamos sendo transformados à imagem de Jesus. Doces como Jesus. É fato, é um processo, um processo contínuo de mudanças que nos levam a ser parecidos, mais e mais, com Ele. Aleluia! Podemos sim ser doces como ELE.
E a segunda, é que o responsável por essa mudança, por essa transformação, é o Espírito Santo. Podemos não ter a máquina de tornar pessoas amargas em pessoas doces, mas temos a real e inigualável possibilidade de experimentar essa mudança através do relacionamento com o Espírito Santo. Insisto, se a máquina de tornar pessoas amargas em pessoas doces só é possível na imaginação daquela garotinha de onze anos, a real possibilidade de uma pessoa amarga se tornar doce existe: é através de um autêntico relacionamento com o Espírito Santo!
Fico profundamente entusiasmado, e aqui entusiasmado quer dizer, cheio de ânimo, ao ver que essa é justamente a idéia de Deus para nós: sermos pessoas doces. Quando Deus inspirou Paulo a escrever aos gálatas ele poderia ter utilizado qualquer outra referência, qualquer outra figura contrastante com as obras da carne, mas ELE fez Paulo se referir ao conjunto de características da vida do Espírito Santo, como fruto! Qual a característica marcante de um fruto? Sua doçura! Obviamente os críticos podem pensar em um limão, em um jiló ou em qualquer outro fruto que não fosse doce, mas seria no mínimo um insulto comparar o fruto do Espírito a um de sabor que não o doce, ou ainda, pensar em suas características: amor, alegria, paz…, como não sendo perfeitamente correspondentes a doçura.
Entenda, enquanto o Espírito Santo for apenas uma desejada fonte de poder, você deixará de experimentar a melhor parte: ser feito doce, doce como Jesus! Entregue-se a um relacionamento com o Espírito Santo, deixe o Espírito Santo fazer de você uma pessoa doce ou se você preferir, um doce de pessoa.
Não consigo entender como essa capacidade é praticamente perdida quando atingimos a adolescência, juventude e vida adulta. O praticamente, confesso, é um eufemismo, pois é devido a muito esforço, que aqui, e ali, conseguimos algo parecido com a imaginação infantil. O que antes fazia parte do nosso cotidiano, agora parece ser uma habilidade um tanto quanto incomum.
Lembro bem de um quadro, uma tela pintada a óleo que tínhamos em casa quando eu era criança. No quadro havia uma paisagem com alguns coqueiros, uma casa na praia, o mar, uma jangada e alguns pássaros. Consigo recordar como se fosse hoje todos os filmes que eu criava com aquela imagem estática diante dos meus olhos. E o que me espanta, ao recordar disso, é com que rapidez, segurança e convicção, eu inventava todas aquelas estórias. Não eram simples fantasias infantis, mas construções a partir dessa capacidade tão singular àquela fase, a imaginação.
Diante disso surgem algumas dúvidas. Seria uma mudança fisiológica? Uma mudança na química do nosso cérebro? Sim, seria ela a responsável pela quase que falência dessa capacidade imaginativa que tínhamos quando criança? Ou será que é uma mudança psicológica? Poderia ser a soma das experiências boas e ruins – pelas quais fomos passando – a responsável pela alteração da nossa forma de ver, sentir, conviver com o mundo a nossa volta? Ou quem sabe, podemos apontar outra razão para o sumiço de nosso desvairar imaginativo: uma mudança sociológica? Os diferentes meios de convívio da fase da adolescência, juvenil e adulta, que sufocando o poder imaginativo, acabam por enfraquecê-lo, atrofia-lo e praticamente, extingui-lo? Pelo menos algo é possível afirmar: não é o compromisso de seguir a Jesus que interfere em nossa imaginação. Basta uma espiada no conjunto de suas aulas, proclamação e ensino, e logo veremos a constância com que Ele apelava à imaginação dos seus discípulos. Jesus usava a imaginação dos seus ouvintes e seguidores como uma ferramenta de trabalho.
Além disso, lembrem-se que Jesus disse que o Reino é para os que se assemelham as crianças:
“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18.3)
“Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.” (Mateus 19. 13-14)
É impossível pensar numa criança e não associar a ela essa pulsante característica: a imaginação.
Deixe-me explicar o porquê de tanta ênfase e destaque a imaginação. Acontece que fiquei impressionado e ao mesmo tempo fui levado aos pés de Jesus, enquanto folhava um jornal local. No jornal havia um encarte especial com vários desenhos infantis, relacionados a diferentes temas. Um dos desenhos chamou muito minha atenção. Era de uma menina de onze anos, que diante do tema “Quero ser Cientista”, dizia querer inventar a máquina que transforma pessoas amargas em pessoas doces. Isso mesmo, uma garotinha de onze anos tinha como desejo ser cientista, e isso, para criar uma máquina que transforma uma pessoa amarga em uma pessoa doce. No seu desenho ela colocou o seguinte título: “MÁQUINA PARA PESSOAS AMARGAS FICAREM DOCES”.
Em um momento como esse você tem vontade de rir, chorar, conhecer a menina, e sem dúvida alguma, também fica profundamente frustrado por olhar para si mesmo e não saber responder a uma pergunta instantânea: onde ficou minha imaginação?! Ser cientista para fazer uma “máquina para pessoas amargas ficarem doces”? Confesso, fiquei profundamente impressionado com a imaginação da menina, e, foi nesse momento, que me encontrei literalmente aos pés do Amado. Sim, o lugar onde se aprende aquilo que ninguém poderá tirar de nós. O lugar que Maria, mesmo diante da agitação de sua irmã Marta, não deixava de jeito nenhum. O lugar dos tesouros eternos. Não apenas o lugar das curas, libertações, salvação, mas o lugar onde é possível ver a Palavra de Deus encarnada. O lugar onde está Àquele, que só Ele, tem as palavras de vida eterna. Ali, nesse lugar indefinível, fui levado a compreender que apesar de a “maquina para pessoas amargas ficarem doces” ser uma criação possível apenas na imaginação daquela ilustre garotinha de onze anos, havia a possibilidade de pessoas amargas se tornarem doces: um relacionamento com o Espírito Santo!
Falar de relacionamento com o Espírito Santo não é tão simples, aliás, esse é um assunto onde à imaginação de algumas crianças grandes, já geraram inúmeros problemas. Na verdade, são praticamente dois mil anos de história da Igreja, e não temos uma respeitada teologia bíblica sobre a pessoa do Espírito Santo. Aqui e ali, vemos tentativas, algumas boas, outras nem tanto. Mas é preciso mais, é preciso levar a Igreja de Jesus não apenas reconhecer o Espírito Santo como pessoa, mas direcioná-la ao caminho de um verdadeiro relacionamento, que é vital para que nos assemelhemos Jesus. Doces como Jesus!
Acompanhe o que Deus revela ao ser humano através das palavras de Paulo:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3.18)
Agora acompanhe o mesmo texto, segundo a versão bíblica conhecida como a Nova Versão Internacional:
“E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” (2 Coríntios 3.18 – NVI)
Essas palavras do apóstolo Paulo aos coríntios nos apresentam duas verdades claras. Essas verdades são estímulos, incentivos, encorajamentos, a sermos pessoas doces.
A primeira, é que nós que estamos aliançados com Deus, estamos sendo transformados à imagem de Jesus. Doces como Jesus. É fato, é um processo, um processo contínuo de mudanças que nos levam a ser parecidos, mais e mais, com Ele. Aleluia! Podemos sim ser doces como ELE.
E a segunda, é que o responsável por essa mudança, por essa transformação, é o Espírito Santo. Podemos não ter a máquina de tornar pessoas amargas em pessoas doces, mas temos a real e inigualável possibilidade de experimentar essa mudança através do relacionamento com o Espírito Santo. Insisto, se a máquina de tornar pessoas amargas em pessoas doces só é possível na imaginação daquela garotinha de onze anos, a real possibilidade de uma pessoa amarga se tornar doce existe: é através de um autêntico relacionamento com o Espírito Santo!
Fico profundamente entusiasmado, e aqui entusiasmado quer dizer, cheio de ânimo, ao ver que essa é justamente a idéia de Deus para nós: sermos pessoas doces. Quando Deus inspirou Paulo a escrever aos gálatas ele poderia ter utilizado qualquer outra referência, qualquer outra figura contrastante com as obras da carne, mas ELE fez Paulo se referir ao conjunto de características da vida do Espírito Santo, como fruto! Qual a característica marcante de um fruto? Sua doçura! Obviamente os críticos podem pensar em um limão, em um jiló ou em qualquer outro fruto que não fosse doce, mas seria no mínimo um insulto comparar o fruto do Espírito a um de sabor que não o doce, ou ainda, pensar em suas características: amor, alegria, paz…, como não sendo perfeitamente correspondentes a doçura.
Entenda, enquanto o Espírito Santo for apenas uma desejada fonte de poder, você deixará de experimentar a melhor parte: ser feito doce, doce como Jesus! Entregue-se a um relacionamento com o Espírito Santo, deixe o Espírito Santo fazer de você uma pessoa doce ou se você preferir, um doce de pessoa.
| Autor: L. R. Meier | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |