Esboço O Cristão e a Tentação
Tiago 1.12-18
Introdução
Tentação na Bíblia tem o sentido de colocar uma pessoa em prova, de submete-la a um teste árduo e espinho com o objetivo de mostrar a sua fraqueza, induzindo-a a um procedimento negativo.
A Bíblia apresenta satanás como o tentador, ou seja, como aquele que sabe usar como ninguém mais as circunstâncias existenciais para induzir a pessoa na concretização de objetivos maléficos.
A maior intenção do diabo não é, na verdade, nos fazer pecar, mas sim a de criar em nós uma sensação de ausência, de distanciamento, de Deus. Ao nos fazer sentir uma espécie de alienação espiritual em relação a Deus o diabo nos escraviza no pecado, Marcos 1.13, 1 Coríntios 2.5, Apocalipse 2.10, João 8.34 e Romanos 6.17-23 e 7.17.
Em Mateus 6.13 o termo tentação tem o sentido de ação satânica para nos fazer pecar. Este termo aparece 21 vezes no N.T. e sempre tem o sentido de comprovar a qualidade, submeter à prova ou teste, com a intenção de induzir ao pecado.
Creio ser importante ressaltar sobre a tentação o seguinte.
A autoconfiança é um atalho para a derrota. Precisamos aprender a nos afastarmos da aparência do mal, bem como do próprio mal.
O autoconhecimento e de nossas limitações, associado ao conhecimento de Deus e de sua Palavra nos ajuda para evitarmos a presunção de força em relação a tentação. Além disso, 1 Coríntios 10.12 nos alerta e nos ajuda para evitarmos a presunção de força que nos deixa vulneráveis à tentação.
Vemos no Salmo 73.1-3 que enquanto a visão do salmista estava presa na prosperidade dos ímpios ele se consumia de inveja.
Em 2 Samuel vemos que enquanto a visão de Davi estava fixada na beleza física de Bate-Seba e no prazer sexual, ele não enxergou a maldição que cometera contra Deus, 2 Samuel 11.27. Somente depois de exortado espiritualmente pela Palavra de Deus, através do profeta Natã, foi que as vendas caíram de seus olhos e, arrependido, Davi confessou o seu pecado, 2 Samuel 12.13.
Somente a Palavra de Deus nos faz recuperar a visão espiritual e nos auxilia a identificarmos a tentação e suas conseqüências em nossas vidas. Vale a pena ler os Salmos 32, 38 e 51, que Davi escreveu no momento de seu arrependimento, após ter recobrado a visão e consciência espiritual.
Quando a Palavra de Deus não esta enraizadas em nossos corações, e nós nela, temos as nossas próprias soluções para os problemas e os nossos próprios projetos para a vida. Nos consideramos senhores do nosso destino e acreditamos que os nossos métodos são melhores do que os de Deus.
A tentação nos ataca fazendo com que a Palavra de Deus deixe de ser o manual de compreensão da realidade e do direcionamento para a nossa vida. Neste caso, a Palavra de Deus perde a relevância existencial e vivencial para nós e, por isso, cedemos às tentações.
Essa questão se confirma na expressão de Davi, no Salmo 13.1, quando ele se lamenta do sentimento de ausência de Deus. Qual o Cristão sincero que, passando por um longo período de crise, não sentiu esse “abandono” de Deus? O segredo para não sucumbirmos é não perder a fé. O clamor angustiado de Davi revela a sua fé de forma vivida. Ele se dirige a Deus em seu lamento. Davi não busca auxilio humano. Apesar das perdas humanas ele permanece na fé.
Satanás utiliza-se de todos os recursos para abater a nossa fé e para nos enfraquecer espiritualmente, induzindo-nos para direções erradas e nos desviando de Jesus, o autor e consumidor da fé, Hebreus 12.2.
Com relação a este tópico, recomendo a leitura do livro do profeta Habacuque e de Hebreus 10.19 a 11.40.
A tristeza promovida pela tentação e tão intensa que pode desembocar numa depressão profunda, como no caso de Judas Iscariotes, que cometeu suicídio, mas, em contra partida, essa tristeza não pode ser comparada a alegria e a exultação espiritual que nos advém quando resistirmos a tentação, Tiago 1.2-3, 1 Pedro 1.6-7, 1 Pedro 4.12-13 e Tiago 1.12.
Podemos usar a tristeza provocada pela tentação de maneira positiva, glorificando e louvando a Deus por participarmos dos sofrimentos de Cristo.
A Bíblia apresenta satanás como o tentador, ou seja, como aquele que sabe usar como ninguém mais as circunstâncias existenciais para induzir a pessoa na concretização de objetivos maléficos.
A maior intenção do diabo não é, na verdade, nos fazer pecar, mas sim a de criar em nós uma sensação de ausência, de distanciamento, de Deus. Ao nos fazer sentir uma espécie de alienação espiritual em relação a Deus o diabo nos escraviza no pecado, Marcos 1.13, 1 Coríntios 2.5, Apocalipse 2.10, João 8.34 e Romanos 6.17-23 e 7.17.
Em Mateus 6.13 o termo tentação tem o sentido de ação satânica para nos fazer pecar. Este termo aparece 21 vezes no N.T. e sempre tem o sentido de comprovar a qualidade, submeter à prova ou teste, com a intenção de induzir ao pecado.
Creio ser importante ressaltar sobre a tentação o seguinte.
- A tentação surge da nossa presunção de força:
A autoconfiança é um atalho para a derrota. Precisamos aprender a nos afastarmos da aparência do mal, bem como do próprio mal.
O autoconhecimento e de nossas limitações, associado ao conhecimento de Deus e de sua Palavra nos ajuda para evitarmos a presunção de força em relação a tentação. Além disso, 1 Coríntios 10.12 nos alerta e nos ajuda para evitarmos a presunção de força que nos deixa vulneráveis à tentação.
- A tentação nos cega:
Vemos no Salmo 73.1-3 que enquanto a visão do salmista estava presa na prosperidade dos ímpios ele se consumia de inveja.
Em 2 Samuel vemos que enquanto a visão de Davi estava fixada na beleza física de Bate-Seba e no prazer sexual, ele não enxergou a maldição que cometera contra Deus, 2 Samuel 11.27. Somente depois de exortado espiritualmente pela Palavra de Deus, através do profeta Natã, foi que as vendas caíram de seus olhos e, arrependido, Davi confessou o seu pecado, 2 Samuel 12.13.
Somente a Palavra de Deus nos faz recuperar a visão espiritual e nos auxilia a identificarmos a tentação e suas conseqüências em nossas vidas. Vale a pena ler os Salmos 32, 38 e 51, que Davi escreveu no momento de seu arrependimento, após ter recobrado a visão e consciência espiritual.
- A tentação visa destruir a Palavra de Deus em nós:
Quando a Palavra de Deus não esta enraizadas em nossos corações, e nós nela, temos as nossas próprias soluções para os problemas e os nossos próprios projetos para a vida. Nos consideramos senhores do nosso destino e acreditamos que os nossos métodos são melhores do que os de Deus.
A tentação nos ataca fazendo com que a Palavra de Deus deixe de ser o manual de compreensão da realidade e do direcionamento para a nossa vida. Neste caso, a Palavra de Deus perde a relevância existencial e vivencial para nós e, por isso, cedemos às tentações.
- A tentação visa a enfraquecer a nossa fé:
Essa questão se confirma na expressão de Davi, no Salmo 13.1, quando ele se lamenta do sentimento de ausência de Deus. Qual o Cristão sincero que, passando por um longo período de crise, não sentiu esse “abandono” de Deus? O segredo para não sucumbirmos é não perder a fé. O clamor angustiado de Davi revela a sua fé de forma vivida. Ele se dirige a Deus em seu lamento. Davi não busca auxilio humano. Apesar das perdas humanas ele permanece na fé.
Satanás utiliza-se de todos os recursos para abater a nossa fé e para nos enfraquecer espiritualmente, induzindo-nos para direções erradas e nos desviando de Jesus, o autor e consumidor da fé, Hebreus 12.2.
Com relação a este tópico, recomendo a leitura do livro do profeta Habacuque e de Hebreus 10.19 a 11.40.
- A tentação nos entristece:
A tristeza promovida pela tentação e tão intensa que pode desembocar numa depressão profunda, como no caso de Judas Iscariotes, que cometeu suicídio, mas, em contra partida, essa tristeza não pode ser comparada a alegria e a exultação espiritual que nos advém quando resistirmos a tentação, Tiago 1.2-3, 1 Pedro 1.6-7, 1 Pedro 4.12-13 e Tiago 1.12.
Podemos usar a tristeza provocada pela tentação de maneira positiva, glorificando e louvando a Deus por participarmos dos sofrimentos de Cristo.
Conclusão:
Para encerrar, ao invés de recapitular tudo, apenas desejo fazer algumas considerações que creio relevantes sobre este tema. São elas:
- A tentação é universal e inevitável. Todos, sem exceção, em todo o lugar, passam pelo crivo da tentação, João 17.15.
- Apesar de Satanás nos tentar com a intenção de nos fazer sucumbir, devemos crer que os propósitos de Deus podem reverter a situação, Gênesis 50.20.
- A tentação é sempre uma prova, um teste muito difícil, que testa a nossa resistência, a nossa fé, a nossa firmeza na Palavra de Deus, bem como a nossa própria concupiscência, Tiago 1.14-15.
- Devemos orar como Jesus nos ensinou em Mateus 6.13 diuturnamente, ou seja, 1440 minutos por dia, se desejamos resistir e vencer a tentação.
- Dentro do processo tentatório não existe o “não posso” ou o “eu resisto”, ou ainda o “eu venço essa”. Não podemos nada contra a tentação. É Deus quem nos capacita e não permite que o diabo nos destrua, 1 Coríntios 1.13.
- Devemos parar com a atitude de fixarmos os olhos nas crises e na tentação, passando a fixar os nossos olhos em Deus e em Jesus Cristo, Salmo 3 e Hebreus 12.2.
- Não temos como evitar a tentação, porém, podemos resisti-la e vence-la, em nome de Jesus, Tiago 4.7-10.
Que Deus nos ajude nesta renhida batalha contra a tentação e o nosso próprio desejo de ceder a ela.
Amém.
Amém.
Autor: Pr Fernando FernandesPastor da 1ª Igreja Batista em Penápolis/ SP e Prof. no Seminário Teológico Batista de São Paulo.